Os professores do Caic Cândido Portinari, no Sabará, vila localizada na Cidade Industrial de Curitiba, foram surpreendidos na manhã de segunda-feira (1º) com a violência encontrada ao chegar na escola.
As quatro salas da 8.ª série estavam arrombadas, e quatro televisores foram retirados dos armários e furtados. Os professores também deram faltam de três extintores de incêndio.
Na avaliação dos prejuízos, conta a diretora Jucély Woinarovicz, estão as pichações feitas nos corredores da escola e o pó químico dos extintores, que ficou pelo chão e precisou ser removido antes da entrada dos alunos. O caso foi encaminhado para ser investigado no 11.º Distrito Policial (DP).
Na opinião da administração, os fatos demonstram ser uma briga entre gangues. Na semana anterior, a escola foi invadida e dois dos extintores levados, após terem sido esvaziados. "Estão ficando cada vez mais audaciosos".
Para a diretora, é lamentável o retorno da violência local. Desde o trabalho da campanha Paz Tem Voz, iniciada no ano passado, e com foco no Sabará, casos como esses não ocorriam mais. "Trabalhamos para oferecer o melhor e a resposta da comunidade é tão negativa", lamenta. O pedido é para que houvesse a presença 24 horas de segurança, uma vez que o monitoramento por empresa terceirizada não tem dado certo, lembra ela.
Na vila existe uma Unidade Paraná Seguro (UPS), no entanto, o trabalho hoje pela manhã foi de suporte por policiais do 23.º BPM. A Guarda Municipal e a empresa de segurança terceirizada estiveram na escola para avaliar os prejuízos.
Outro caso
Na madrugada do dia 12 de agosto, o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Itacolomi também foi alvo de vandalismo. O incêndio na central de gás do CMEI e a pichação nas paredes externas da escola causou a indignação da comunidade, que se mobilizou para a revitalização do prédio.
Para a diretora Simone Borges, foi um ato criminoso por ter sido encontrado panos e latas de querosene no local onde o fogo começou.