A bancada do PT na Assembléia Legislativa defende que é hora de assumir o erro, punir os culpados e iniciar um trabalho de reconstrução. Reportagem da Gazeta do Povo mostra que, três meses depois das primeiras denúncias que atingiram o partido e o Congresso Nacional, os nove deputados avaliam as denúncias de forma crítica.

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Ex-candidato à prefeitura de Curitiba no ano passado, Ângelo Vanhoni acha que a população não vai perdoar o PT nas próximas eleições. "Nós decepcionamos uma geração inteira, exatamente na hora em que chegamos ao poder. É uma catástrofe", disse.

Para o presidente estadual do partido, André Vargas, a crise teve origem nos erros cometidos individualmente por alguns dirigentes do partido. Ele avalia que Lula não poderia governar com minoria na Câmara e no Senado, mas reconhece que essa maioria, "não pode justificar a ação criminosa que alguns dirigentes do PT tiveram para com o Congresso Nacional".

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O deputado Natálio Stica acha que o próprio partido deve pedir a cassação e expulsão de quem estiver envolvido, comprovadamente. Se isso acontecer, Stica, ele confia que o partido sobreviverá, principalmente porque o presidente Lula, segundo ele, está imune ao que ocorre nas CPIs.

Para o líder da bancada do PT, Tadeu Veneri, o resultado vai modificar radicalmente as formas de arrecadação e destinação do dinheiro de campanha. "Se tudo der certo, vai haver um salto qualitativo de 50 anos na política deste país", acredita.

Veneri defende que o PT mostre seus erros, não se importando com as conseqüências, o que poderia incluir a perda do fundo partidário. "O partido perdeu rumo porque esqueceu os militantes nas campanhas e trilhou o caminho do espetáculo, contratando marqueteiros e gastando fortunas", afirma.

O deputado Elton Welter, disse se sentir "traído" pelo que está sendo revelado em Brasília. Como Veneri, acha que o escândalo provou que o modelo político partidário está falido e que é preciso, a partir dos escombros da crise, criar novos mecanismos para as campanhas, principalmente no que se refere ao financiamento de campanhas.

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