Apesar da permissão para vans e micro-ônibus circularem em Florianópolis nesta terça-feira (11), a manhã foi caótica na capital catarinense no segundo dia de greve de motoristas e cobradores de ônibus.
Descumprindo decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC), que determinou ontem a circulação de 100% da frota nos horários de pico e 50% nos demais horários, trabalhadores das sete empresas que fazem o transporte coletivo na cidade mantiveram paralisação total.
Serviços de saúde funcionam com dificuldade devido à falta de funcionários, e diversos colégios suspenderam as aulas. No Instituto Estadual de Educação, com 5.000 alunos, não houve aula por falta de estudantes.
No comércio, o movimento de clientes caiu 58%, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis, Sander DeMira. "Os clientes não conseguem chegar até as lojas, a exemplo dos funcionários", afirmou.
Na segunda-feira (10), de acordo com DeMira, 84% dos trabalhadores chegaram atrasados. No comércio de rua, 38% dos funcionários faltaram ao serviço. Nos shoppings, 25%.
"Isso às vésperas do Dia dos Namorados. Estamos preocupados", disse Sander DeMira.
Segurança
Segundo a coronel Claudete Lehmkuhl, da Polícia Militar de Santa Catarina, um esquema especial de segurança foi montado com PMs atuando próximo aos terminais de ônibus.
Contudo, os próprios policiais enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho. "Em casos extremos, carros da corporação estão buscando nossos policiais em casa", disse a coronel.
Tarifas
Quem usa o sistema provisório de vans e micro-ônibus montado pela Prefeitura de Florianópolis reclama da demora e dos altos preços, entre R$ 5 e R$ 7. A passagem do transporte coletivo custa R$ 2,90.
"As vans não conseguem suprir a demanda", afirmou João Cavalazzi, secretário de Comunicação da Prefeitura de Florianópolis.Normalmente, segundo a prefeitura, circulam 400 ônibus, que transportam 450 mil passageiros por dia na região metropolitana.
Está prevista para a tarde de hoje uma nova reunião no TRT-SC entre trabalhadores, prefeitura e empresas de transporte.
Os trabalhadores pedem a reposição da inflação (7,16%), ganho real de 5%, redução de 20 minutos de carga horária, que hoje é de 6 horas e 20 minutos por dia, e redução do intervalo obrigatório, de uma hora para 15 minutos.
O sindicato informou que vai recorrer da liminar que determina o imediato retorno dos ônibus em Florianópolis. A multa pelo descumprimento da determinação judicial é de R$ 100 mil por dia.
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