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Cerca de 450 casos de varicela, doença popularmente conhecida como catapora, foram registrados, somente neste mês, nos postos de saúde de Curitiba. Embora o número seja alto, não foi confirmada a possibilidade de surto, até porque, segundo as autoridades de saúde, é justamente neste período do ano – entre agosto e dezembro – que ocorre a maior incidência de registros. O potencial de infecção da varicela é tão grande que a doença pode atingir cerca de 90% das pessoas que não foram imunizadas ou contaminadas anteriormente.

Transmitida pelo vírus Zóster, a doença é geralmente percebida em crianças com menos de 5 anos. Porém, adultos não estão imunes. "Todos aqueles que não a pegaram na infância têm grandes chances de desenvolver o vírus na idade adulta", revela a médica e diretora de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Karin Luhn. Segundo ela, nessa fase a manifestação da doença costuma ser mais intensa.

A contaminação, que só acontece uma vez. Ela ocorre pela mucosa dos olhos ou pelo sistema respiratório, onde o vírus se desenvolve. Daí, ele segue para o sangue e depois para a pele, resultando em pequenas lesões, na quais se instala. Bolhas de uma secreção amarelada aparecem e coçam muito. Em dez dias, elas estouram e secam. A transmissão pode ocorrer antes do aparecimento das bolhas, sendo que a primeira semana é a mais propícia.

Somente os casos mais graves necessitam de internação. "Geralmente, a varicela é uma doença benigna, mas em organismos com o sistema imunológico afetado ou em crianças muito pequenas, ela pode atingir os pulmões e o sistema nervoso central, causando meningite e encefalite", explica a médica.

A única maneira de prevenir a catapora é se vacinando. Qualquer pessoa com mais de um ano de idade pode tomar a vacina, que não está incluída no Programa Nacional de Imunização. Disponível apenas em hospitais particulares, ela custa R$ 90 e só pode ser aplicada sob prescrição médica. Até os 13 anos, a aplicação, injetável, é feita em uma única dose. Após esta idade, são duas doses, com intervalo de 60 dias. Somente o Hospital Pequeno Príncipe da capital está realizando, nos últimos dias, 12 aplicações diárias.

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