Os cerca de 400 moradores do Conjunto Habitacional São José II, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, estão com o fornecimento de gás cortado desde o dia 23 e não sabem quando vão ter a situação normalizada. Sem poder cozinhar, eles pedem que a Caixa Econômica, que financiou o projeto com 96 apartamentos, e a administradora do condomínio, a imobiliária X, arquem com os custos de alimentação. "Não temos condições de ficar comendo fora de casa", diz a moradora Rosane Fullan.
Segundo o morador Hélio Micheleto, há pouco mais de um mês eles começaram a sentir cheiro de gás saindo pelos ralos dos banheiros dos apartamentos, construídos há cinco anos. Na semana passada, um laudo encomendado pela administradora comprovou o vazamento.
Em função do risco de explosão, a central foi desativada e o gás passou a ser fornecido por meio de botijões provisórios colocados ao lado dos prédios e ligados diretamente aos apartamentos. Entretanto, na segunda-feira o Corpo de Bombeiros esteve no local e retirou os botijões, alegando que a instalação não atendia às normas de segurança. "Esses botijões precisam estar devidamente protegidos em uma central", explica o sargento Laércio Gama, do Corpo de Bombeiros de São José dos Pinhais, responsável pela vistoria.
Segundo a administradora, depois que o fornecimento de gás foi cortado não há mais risco de explosão. De acordo com o engenheiro da GNTec (empresa contratada para fazer a vistoria), Odenir Paschoal, para que o fornecimento seja retomado será preciso refazer toda a tubulação subterrânea. "Nós conseguimos detectar que o vazamento existe, mas não conseguimos identificar precisamente onde ele está localizado", explica. De acordo com o gerente de administração de condomínio da imobiliária, Wilson Isfer, há a possíbilidade de se instalar uma tubulação provisória para garantir o fornecimento até a conclusão das obras. Sobre o reembolso das despesas com alimentação, Isfer diz que isso não deve ser feito pela imobiliária.