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 | Rogério Soares/A Tribuna de Santos/Folhapress/
| Foto: Rogério Soares/A Tribuna de Santos/Folhapress/

O engenheiro da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Enedir Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira (15) que a possível causa do vazamento de gás ocorrido na área da empresa Local Frio, no distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá, foi uma avaria em um dos contêiners que continha dicloroisocianureto de sódio, substância largamente usada como agente de limpeza e desinfetante.

“É possível que a água da chuva tenha passado por uma fissura no contêiner e, em contato com o produto reativo, causado uma reação exotérmica, mas ainda precisamos de mais estudos”, disse o engenheiro. Ainda segundo Rodrigues, a Cetesb foi ao Estuário e não constatou nenhuma morte de peixes e outros animais.

Quatorze contêineres continuam em chamas no Guarujá

Agência Brasil

Quatorze contêineres continuam em chamas no Terminal de Cargas do Porto de Santos, na cidade de Guarujá, no litoral paulista. O incêndio começou na tarde de quinta-feira (14) e atingiu 80 contêineres com diferentes tipos de produtos armazenados pela empresa Localfrio. O acidente espalhou fumaça tóxica pela região. O Corpo de Bombeiros está com 25 carros e dois navios no local. O trabalho envolve 102 homens e 40 brigadistas.

A Defesa Civil informou, no início da tarde, que adotou uma nova estratégia para apagar o incêndio nos contêineres. Cada contêiner é colocado em uma carreta com água, na chamada “técnica de afogamento”. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, coronel José Roberto, nesta manhã, foi feito um inventário a partir da planta do terminal, que lista os produtos que estavam armazenados na área.

Na noite desta sexta-feira (15), está prevista uma reunião entre representantes dos órgãos que compõem o Gabinete de Gestão de Crise, como a prefeitura, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, o Exército, o Cetesb e a Aeronáutica. Uma nova comunicação deve ser feita pelo governo municipal, ainda hoje, com a atualização de pessoas que procuraram os serviços de saúde com queixas de náuseas e de ardência nas vias aéreas, além dos moradores que tiveram que deixar suas casas pelo risco de intoxicação.

Um vazamento de produtos químicos seguido de incêndio atingiu, na tarde de quinta-feira (14), um terminal de cargas empresarial no Guarujá e espalhou fumaça sobre o litoral sul de São Paulo. O distrito de Vicente de Carvalho ficou isolado pela fumaça e teve pelo menos 600 casas evacuadas. A nuvem chegou à cidade de Santos e paralisou o porto.

O Ministério Público de Guarujá instaurou inquérito civil para averiguar os danos ambientais causados pelo vazamento. Segundo o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Osmair Chamma Júnior, o órgão vem trocando informações com o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) através de ofícios, para apurar futuras responsabilidades.

Já a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, ressaltou que, no momento, a prioridade é acabar com o incêndio para depois apontar as causas e os responsáveis.

Trabalhos

O Corpo de Bombeiros realiza o resfriamento do local para que não ocorram novos vazamentos. Ainda há fumaça no local, que diminui gradativamente.

Desde a manhã desta sexta foi adotada uma nova estratégia pelo Corpo de Bombeiros em acerto com a Cetesb, que é a imersão do contêiner em uma carreta com água. A prática vem apresentando resultado satisfatório.

No Guarujá, 75 pessoas foram atendidas nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) - Jardim Boa Esperança, Rodoviária e Enseada - em razão da fumaça, mas nenhuma delas com causas graves. Já em Santos, 26 pessoas receberam atendimento e uma senhora de 72 anos foi internada.

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