As chuvas que tomaram conta do Paraná na última semana fizeram a vazão das Cataratas do Iguaçu atingir um nível seis vezes acima do normal na noite desta terça-feira (30). O pico foi registrado entre 20 e 21 horas, quando o volume de água chegou a 9,36 milhões de litros por segundo. A média normal é de 1,5 milhão de litros por segundo.
As informações constam no boletim de monitoramento hidrológico do Rio Iguaçu, divulgado pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). O documento aponta que no período da vazão máxima os índices pluviométricos variaram entre 20,4 mm e 25,5 mm em Foz do Iguaçu. O maior volume de chuva foi por volta da meia-noite, quando a concentração de chuva chegou a 35,4 mm. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, choveu 48% a mais do esperado para Foz do Iguaçu em setembro.
No fim da manhã desta quarta-feira (1º.), o volume da vazão já havia diminuído, embora continuasse o quádruplo do normal (cerca de 7,36 milhões de litros por segundo).
Extremos
Em pouco mais de dois meses as Cataratas do Iguaçu chegaram a volumes extremos. Em junho, quando as chuvas causaram estragos em centenas de municípios do estado, o conjunto de quedas teve vazão recorde. O volume de água chegou a 46,3 milhões de litros por segundo, pouco mais de 30 vezes acima da média normal. A marca foi a maior da história do Parque Nacional do Iguaçu desde que o monitoramento hidrológico começou. O recorde anterior foi registrado em 1983 com 35 milhões de litros por segundo.
Já em agosto, em baixa, a vazão das Cataratas do Iguaçu proporcionou um espetáculo diferente aos turistas que visitaram o parque. Na madrugada do dia 12 as cataratas chegaram a 385 mil litros por segundo.