Os turistas que visitaram um dos cartões-postais do Paraná, as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, na região Oeste, nesta quinta-feira (24), tiveram uma experiência marcante. Em razão das chuvas que atingiram todo estado nos últimos dias, a vazão das quedas estava quase cinco vezes maior que em dias normais. Foram registrados sete mil metros cúbicos de água por segundo, quando o normal é 1,5 mil.
Os visitantes puderam aproveitar todo o passeio, pois as passarelas não foram interditadas. A água chegou a um metro do mirante da Garganta do Diabo. Quem se aventurou a cruzar a passarela saiu molhado pela nuvem de água formada pela força das quedas.
De acordo com a TV Cataratas, em dois dias choveu 80% do volume esperado para todo o mês de setembro em Foz do Iguaçu. A visão é bem diferente da registrada em abril. A estiagem prolongada no interior do Paraná havia reduzido o volume para 310 metros cúbicos por segundo.
As quedas fazem parte do Parque Nacional do Iguaçu, tombado em 1986 pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. Formadas há aproximadamente 150 milhões de anos, as cataratas são compostas por aproximadamente 275 quedas, com altura de 70 metros.
Temporais
O município de Pitanga, no Centro-Sul do Paraná, decretou estado de calamidade pública no fim da tarde de quarta-feira (23) por conta das fortes chuvas (22)que provocaram cheias nos rios e enchentes em vários pontos da cidade a partir da noite de terça-feira. A medida visa garantir o recebimento de recursos dos governos estadual e federal para a recuperação dos estragos na cidade, mas ainda depende de reconhecimento por parte das coordenadorias estadual e nacional de Defesa Civil.
De acordo com balanço final da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, um total de 53.355 pessoas foram afetadas pelas chuvas que caíram entre a noite de terça e a manhã de quarta-feira em todo o Paraná. Ao todo, 429 residências tiveram algum tipo de dano, fazendo com que 135 pessoas tivessem de ir para casas de familiares, e 114 para abrigos públicos. Em Pitanga, apesar de não haver registro de desabrigados ou desalojados, 50 casas foram danificadas, afetando cerca de 200 pessoas, segundo a Defesa Civil.