Site reúne informações a interessados
Se você deseja ser voluntário e ainda não sabe onde, pode acessar o site do Centro de Ação Voluntária (www.acaovoluntaria.org.br/index.php), preencher o cadastro e acessar os Classificados Sociais, que listam as instituições e as atividades que precisam de voluntários. Depois de participar de uma palestra, a pessoa é encaminhada para a entidade de sua preferência.
Para ser um voluntário na Apacn também é preciso se cadastrar no site (apacn.com.br/page/cadastro-de-voluntarios-1) e passar pela palestra de preparação.É possível ainda ser voluntário das Nações Unidas. Os interessados podem se cadastrar no site www.unv.org. Neste caso é preciso ter no mínimo 25 anos e experiência compatível com o trabalho. Nível superior, especialização ou mestrado são exigidos de acordo com as tarefas.
Por amor ou pela dor
Tânia Mara Cardozo, da Apacn, conta que existem duas situações que levam um indivíduo a se tornar voluntário: por amor a uma causa ou pela dor de ter perdido um familiar ou passado por uma situação difícil. A própria instituição que Tânia ajuda a administrar, voluntariamente, é um exemplo dessa constatação: a Apacn foi fundada, há 25 anos, por um grupo de pessoas que conviveram de perto com a neoplasia infantil e perceberam a necessidade de abrigar essas crianças e seus familiares durante o período de tratamento.
Entre os fundadores está Clarice Izzoppe Paolelli (foto), 86 anos, que viu o neto sofrer com a doença quando ele tinha só 3 anos. Já se passaram 29 anos desde que o menino se curou, mas a dedicação de Clarice continua presente. "Se tenho idade para fazer tudo em casa, por que não posso trabalhar aqui também?", questiona ela, que é uma das responsáveis por fazer os produtos vendidos na lojinha da instituição.
Autoconhecimento
As perguntas a seguir foram elaboradas pelo CAV e pelo Instituto Voluntários em Ação e poderão ajudá-lo a identificar o seu perfil de voluntariado:
- Quais são as necessidades, questionamentos e problemas da sociedade em que vive?
- O que o mundo e a sua comunidade precisam?
- Quais são suas qualidades e habilidades?
- Quais são os problemas da sua comunidade que você pode ajudar a superar usando essas qualidades?
- Qual é o seu ideal de mundo?
- Qual é a sua causa?
- Por que você tem vontade de ser voluntário?
- Como gosta de trabalhar: sozinho, em equipe, liderando pessoas?
- Com quais públicos ou áreas você quer trabalhar?
- Qual é a sua disponibilidade de tempo?
Na última terça-feira (28 de agosto) comemorou-se a existência de psicólogos, médicos, palhaços, costureiras, contadores de histórias, professores, administradores, pedreiros e outros profissionais que dedicam uma parte do seu tempo para fazer um trabalho que não é remunerado, mas que se converte em inúmeros benefícios para quem recebe e para quem faz. O Dia Nacional do Voluntariado, instituído por lei federal em 1985, busca celebrar a existência dessas ações solidárias e estimular outras pessoas a se juntarem aos 25% de brasileiros que hoje desenvolvem atividades voluntárias. Para incentivar a participação de mais cidadãos nesse tipo de iniciativa e auxiliar quem se interesse pela área, preparamos um guia com as informações necessárias para quem quer dedicar seu tempo a ajudar outras pessoas.
Tempo
Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo instituto Ibope Inteligência em novembro do ano passado em todas as regiões do Brasil, 67% dos voluntários têm um emprego remunerado, e 51% trabalham em tempo integral. Para Thiago Baise, analista de projetos do Centro de Ação Voluntária (CAV), apesar de as instituições precisarem do tempo das pessoas, o principal requisito para ser voluntário é querer. "Tem de ter vontade de ir atrás da instituição. Quando a pessoa quer mesmo, ela encontra um espaço na agenda", afirma.
Áreas de atuação
Tânia Mara Cardozo, diretora administrativa e de voluntariado da Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (Apacn), afirma que uma das características desse tipo de trabalho é a diversidade de opções de atuação e a flexibilidade. "As pessoas podem escolher fazer o que gostam, pelo período que desejarem e onde quiserem." Um voluntário pode atuar na área de assistência social, cultura e artes, defesa dos direitos humanos, educação, saúde. Além de encontrar vagas em organizações não governamentais (ONGs) e instituições sociais, os voluntários têm espaço em associações de moradores, programas organizados por empresas e ações isoladas de grupos de amigos, que se unem, por exemplo, para promover o plantio de árvores em parques ou prestar assistência a comunidades carentes.
Capacitação
Cada vez mais comuns nas instituições sociais, as palestras feitas logo após o cadastro do voluntário e antes do início da atividade solidária servem para explicar o contexto do voluntariado no Brasil, qual é a legislação que rege a prática no país, como funciona a entidade que oferece o serviço e quais são as ações a serem desenvolvidas. Além disso, elas fazem com que o voluntário reflita sobre sua iniciativa. "É importante haver essa reflexão, porque só com o impulso inicial às vezes não é possível enxergar as necessidades do outro", explica Thiago Baise, do CAV. Segundo ele, é essa preparação que garante a permanência da pessoa por mais tempo no voluntariado.
Benefícios
"O voluntário não espera por isso, mas ele vê a recompensa nas manifestações de carinho das pessoas e no seu desenvolvimento como ser humano", afirma Tânia Cardozo. Ela acrescenta que, ao doar o seu tempo e esforço por uma causa nobre, a pessoa percebe que os seus problemas são pequenos diante das dificuldades pelas quais o outro passa. Thiago Baise revela ainda que o voluntariado se converte em uma oportunidade de melhorar a autoestima. "As instituições nascem com o intuito de ajudar outras pessoas, entretanto, o voluntário pode botar para fora algo de bom que você tem. É uma via de mão dupla", diz.
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