“Ele não era só o meu pai. Era também o pai de todos que no IML trabalham”, disse, na manhã deste sábado (4), a filha do médico legista Alexandre Gebran, 66, morto depois de um acidente de trânsito no Cabral. O médico legista foi velado na Capela Vaticano, no São Francisco, e foi sepultado no Cemitério Jardim da Saudade, no Portão, em Curitiba.
Para os colegas de trabalho de Gebran, a perda foi grande. “Não só pela pessoa fantástica que ele era, mas também pelo excelente trabalho que desenvolvia, e pela dinâmica desse trabalho. Ele não tinha horário pra estar ativo”, comentou o médico Jonatas Davis de Paula, diretor administrativo do Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba.
Atuação
Conhecido por ser um médico “ponta firme”, Gebran esteve por trás de esclarecimentos de crimes que chocaram o estado, como a morte da fisiculturista Renata Muggiatti, em Curitiba, e da adolescente Tayná, em Colombo, na Região Metropolitana (RMC).
“Além de perdermos um amigo, perdemos um excelente perito. E essa é também agora a nossa preocupação, de como darmos uma resposta para a sociedade nestes casos importantes em que ele estava envolvido”, comentou o diretor administrativo do IML.
A filha de Gebran prestou sua homenagem seguindo dentro de uma das viaturas do IML até o Cemitério Jardim da Saudade. “Ele era fantástico. Não era um simples médico, era um médico de almas. Um profissional que ensinou muito a todos, o tempo todo”, disse a moça.
O acidente
Alexandre Gebran estava num Renault Fluence do IML quando, no final da manhã de quarta-feira (2), foi atingido pelo motorista de um Gol na Avenida Paraná, no Cabral. Com a pancada, o Fluence foi arremessado num poste. Todo o acidente foi registrado por uma câmera de monitoramento.
O motorista do Gol, um jovem de 27 anos, teve ferimentos leves e já recebeu alta do hospital. Ele prestou depoimento à Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). Segundo o delegado Vinícius Augustus de Carvalho, o rapaz vai responder em liberdade por homicídio culposo.
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