O prefeito de Londrina Nedson Micheleti (PT) admitiu, após declarações do presidente da Copel, que não existe mais -possibilidade de estadualização
De saída para um descanso de 10 dias, o prefeito de Londrina (Norte do Paraná) Nedson Micheleti (PT) foi surpreendido nesta quinta-feira (11) pela declaração do presidente da Copel, Rubens Ghilard, feita a um órgão de imprensa da cidade, segundo a qual a companhia não vê meios legais para estadualizar a Sercomtel. A Copel, segundo Ghilardi, também é capaz de entrar por própria conta, sem auxílio da Sercomtel, no mercado de telefonia.
A resposta, que só veio na quinta-feira pela imprensa, era esperada por Nedson há pelo menos dois meses, desde que o governador Roberto Requião (PMDB) anunciou a intenção de aumentar a participação acionária da Copel na Sercomtel, hoje restrita a 45%. O presidente da companhia energética, porém, descartou tal possibilidade. Argumentou que o BNDES detém 26% das ações da Copel e mais de 20% da operadora Telemar o que impediria a companhia energética de ser sócia majoritária da Sercomtel diante das leis federais que vetam a concentração do setor.
Durante a solenidade de transmissão do cargo para o presidente da Câmara de Vereadores, Sidney de Souza (PTB), Nedson afirmou que nunca soube do argumento do presidente da Copel e tentou demonstrar que esperava a negativa, embora confessasse que estranhava "a demora na decisão". "Tinha um sentimento de que não haveria mais o interesse da Copel na estadualização da Sercomtel. Independente do argumento, a fala do presidente da Copel sinaliza uma questão chave para nós. Vamos conversar alternativas, como, por exemplo, a venda da Sercomtel", afirmou Nedson.
Segundo o prefeito, acionistas das duas empresas deverão concordar com uma venda conjunta para que o processo seja iniciado. "Ninguém vai ter interesse em 55% ou 45% da empresa. Só vai ter valor de mercado se vendida inteira e não em parte."
Nedson disse não ter conversado pessoalmente com Ghilard, o que pretende fazer apenas após os 10 dias de descanso - e alegou que a declaração dele "tem peso e vem de quem sabe o que diz". "Foi de fato o fim da possibilidade de estadualização". O prefeito alegou que, após a formalização da desistência da Copel, o Conselho de Administração da telefônica vai iniciar a discussão da venda conjunta. "Vamos discutir outra possibilidade para fazer frente à concorrência. E é a venda da Sercomtel."
Nedson disse ainda que a avaliação da Sercomtel por uma consultoria está mantida mesmo com a resposta da Copel. Disse que não tem contatos com interessados na compra e que, só com o aval da Copel para a venda, é que enviará um projeto à Câmara de Londrina para que o negócio seja autorizado, sem a necessidade do plebiscito previsto em lei. O prazo, afirmou Nedson, depende da negativa oficial da Copel à Sercomtel.
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