Equipes das defesas civis estadual e municipal, do Corpo de Bombeiros e das polícias Militar e Florestal continuavam ontem os trabalhos para recuperar os estragos provocados pela chuva de granizo ocorrida no sábado pela manhã. Nove cidades da região metropolitana de Curitiba e do litoral foram atingidas – Guaratuba e Tijucas do Sul foram as mais prejudicadas. Pelo menos 2.600 casas foram atingidas. Houve destelhamentos e danos às residências, mas ninguém ficou ferido. Quarenta e oito pessoas ficaram desabrigadas.

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Só em Guaratuba, 2 mil casas ficaram destelhadas e 33 pessoas ainda estavam desabrigadas ontem. Os estoques de lona para recobrir as moradias danificadas do comércio local acabaram. As comissões de defesa civil do estado e do município distribuíram 32 mil quadrados de lona. Além das regiões centrais, as áreas atingidas foram a de Piçarras e do Brejo Atuba.

A 60 quilômetros de Curitiba, em Tijucas do Sul, a tempestade começou por volta da 5h15. Em 15 minutos, 387 residências estavam danificadas. O temporal também causou estragos em estabelecimentos comerciais, como a loja de materiais de construção de Cláudio Camargo, que teve a cobertura perfurada pelas pedras de granizo. O vento forte que acompanhou a chuva destelhou o galpão da Paróquia Santana. A área mais afetada foi o bairro Tabatinga, na zona rural do município. Quinze pessoas ficaram desabrigadas e foram alojadas numa escola da região. Entre elas, a aposentada Ana Clara Mancheski, que perdeu móveis e roupas depois do destelhamento de sua casa. Apesar da chuva não ter dado trégua, nove pessoas conseguiram voltar para a casa na tarde de domingo. Segundo a Defesa Civil do estado, a situação ontem estava sob controle.

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De acordo com a prefeitura de Mandirituba, 200 casas foram atingidas no município, mas a comissão de defesa civil municipal conseguiu dar conta sozinha do socorro às vítimas. Em Antonina, 14 residências foram destelhadas e duas desabaram, na Ilha do Teixeira. A Defesa Civil do estado registrou ainda ocorrências em Quatro Barras, Piraquara, São José dos Pinhais, Paranaguá e Pontal do Paraná.

Cuidados

O tenente Gílson Mattos, que coordenou as ações da Defesa Civil estadual, pede atenção das pessoas que ainda estão trabalhando na recuperação de suas casas. "Geralmente são nessas horas que os acidentes. As pessoas vão subir no telhado e como ainda está chovendo, acabam escorregando. Por isso é importante ter o máximo de cuidado na hora de realizar os serviços e se necessário pedir nossa colaboração." Para quem quiser ajudar as comunidades atingidas, o tenente sugere procurar as prefeituras municipais.