Quatro pessoas morreram e pelo menos 20 ficaram feridas após um vendaval atingir cidades do interior de Santa Catarina no fim da tarde deste domingo (15). Até a manhã desta segunda-feira (16), havia duas pessoas desaparecidas, segundo a Defesa Civil estadual.
Uma das mortes ocorreu em Porto União (a 413 km de Florianópolis, na divisa com o estado do Paraná), a cidade mais atingida, onde os ventos passaram de 115 km/h e chegaram a virar um caminhão. A vítima foi um agricultor de 54 anos de idade. Ele foi atingido por um telhado que desabou.
O vice-prefeito do município, Aloísio Salvatti, disse que o vento “arrancou casas inteiras”. “O prejuízo material foi grande. Mas o mais triste é o falecimento de uma pessoa”, disse.
Segundo Salvatti, mais de cem residências foram danificadas. O vento também arrancou árvores, obstruindo estradas. A administração municipal está fazendo um levantamento dos estragos.
As outras três mortes foram registradas em Ponte Alta do Norte (a 265 km de Florianópolis), onde uma casa desabou sobre três pessoas da mesma família. Os nomes das vítimas também não foram divulgados.
Além das mortes, 20 pessoas ficaram feridas no município. Até a manhã desta segunda, só uma delas permanecia internada com traumatismo craniano, segundo a Defesa Civil.
Tornado
Moradores das cidades atingidas acreditam que tenham sido vítimas de um tornado. Mas a suspeita ainda não foi confirmada pela Epagri/Ciram, o órgão que monitora o clima em Santa Catarina.
Os ventos ocorreram depois da chegada de uma frente fria vinda do Rio Grande do Sul que fez chover em outras cidades catarinenses no domingo. O radar meteorológico de Santa Catarina não detectou o fenômeno.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobbus, disse que o que ocorreu “foi muito localizado” e por isso não pôde ser identificado. “Infelizmente, neste caso, não houve o que pudesse ser feito”.
Um levantamento divulgado no ano passado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) mostra que, desde os anos 1970, mais de 70 tornados atingiram o Estado. A última ocorrência foi em 2015.
Um dos motivos para a incidência é a localização geográfica, que favorece a formação de nuvens cumulonimbus, que contribuem com o fenômeno.
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