Quatiguá – Funcionárias de uma creche em Quatiguá, no Norte Pioneiro, encontraram na mochila de roupas de um bebê de oito meses uma embalagem com 50 gramas de veneno para matar rato, anteontem. A Polícia Civil de Joaquim Távora investiga o caso. De acordo com informações do delegado Rubens José Perez, as atendentes do Centro de Educação Infantil Santa Maria, acharam veneno ao fazer a revista dos pertences da criança. A embalagem plástica, de cor azul e que estava aberta, continha iscas de um poderoso produto tóxico da marca Racumin.

CARREGANDO :)

Assim que descobriu o produto, a direção da creche comunicou o Conselho Tutelar e a polícia. Na delegacia, a mãe da criança, a doméstica Edilene Barbosa, 33 anos, disse que não sabia como o veneno foi parar na mochila da sua filha, mas lançou suspeitas sobre a sua irmã, Cremilce Barbosa, que já teria ameaçado matar a menina por ciúmes, já que o bebê tomava a atenção de toda a família.

Em depoimento, a doméstica disse que o bebê passou a noite anterior na casa do pai dela, em uma propriedade rural no interior de Quatiguá, onde a família de Edilene vive. A mãe confirmou que arrumou a mochila da criança, porém, ela acredita que o veneno foi colocado depois que as roupas da neném já estavam organizadas na bolsa.

Publicidade

A diretora da creche, Dulcinéia Olivetti, explicou que o procedimento de revistar as mochilas das 100 crianças de zero a 6 anos atendidas no centro é uma medida preventiva, já que por várias vezes foram encontrados maços de cigarro, isqueiros e até remédios nas bolsas.

O delegado informou que vai ouvir os familiares da doméstica, inclusive sua irmã. Ele dissei que trabalha com duas hipóteses. A primeira delas é a tentativa de homicídio contra o bebê. A segunda seria a intenção de intoxicar as crianças que freqüentam o centro de educação mantido pela prefeitura da cidade. "Nesse caso, quem colocou o veneno abriu estrategicamente a embalagem, esperando que as crianças abrissem a mochila e tivessem contato direto com as iscas de veneno", explica. Segundo Perez, uma única isca, entre as dezenas encontradas, seria suficiente para matar uma criança. A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito.