O veranico que descaracterizou o inverno na capital paranaense e demais estados vizinhos, nas duas últimas duas semanas, deve continuar até o dia 20. O tempo segue quente, seco e com baixos índices de umidade do ar.
O motivo do calor fora de época é um bloqueio de massas. De acordo com Fernando Mendes, meteorologista do Simepar, a massa de ar seco que está sobre nós se torna mais aquecida à medida que não há massa de ar frio para renová-la. “Se as frentes frias não se deslocam também não há chuva, que sempre traz novas massas de ar”, diz.
No próximo dia 15, uma ligeira frente fria atinge o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas não deve chegar com força ao Paraná. “Se acontecer uma mudança será muito rápida e sem grandes efeitos, o ar deve continuar muito seco”, explica. O bloqueio é uma condição sazonal que não significa que teremos um verão mais quente ou mais frio.
A mudança de ventos deve acontecer no Paraná entre os dias 16 e 17. Ainda há uma frente fria no dia 20 que promete trazer um deslocamento maior para toda a Região Sul, chegando, inclusive, até o Sudeste. É quando as temperaturas devem diminuir.
Consequências
Com o longo período de bloqueio e a falta de chuva, o ar seco gera um estresse hídrico na agricultura. Há um aumento da poluição por material particulado, poeira, fumaça e emissão de gases. “Sem chuva não acontece uma lavagem da atmosfera, então aumentam as condições de pressão e a poluição”, explica. Os baixos índices de umidade também trazem desconfortos para a saúde. A poeira se acumula nas vias nasais é fonte de bactérias. Para quem tem alergia, esses micro-organismos podem causar inflamação no local, o que provoca coceira no nariz e espirros. Tem também o aumento do risco de incêndio, já que no clima seco a capacidade de combustão é amplificada.
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