Depois dos dias de agitação do Natal e réveillon – quando, segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de 2 milhões de turistas deveriam descer para o litoral paranaense – as praias de Matinhos e Caiobá amanheceram mais tranquilas na primeira segunda-feira do ano. Se antes o barulho dos grupos de amigos predominava, nesta semana a orla foi tomada por famílias, em busca de algo mais tranquilo.

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"Achamos melhor vir nesta época por causa das meninas", conta o servidor público de Ponta Grossa Luiz Sérgio Matoso, 44 anos. Com quatro filhas de idades entre 12 e 3 anos, ele e a esposa Andréa, de 40, optaram por alugar um imóvel na Praia Mansa, por conta da tranquilidade do local. "A última vez que a Mariana veio, ela tinha seis meses. Agora, está adorando", diz a mãe.

Por volta das 13h30 de ontem, a orla da Praia Mansa de Caiobá abrigava pouco mais de uma dezena de guarda-sóis. Um bom termômetro do movimento pouco expressivo é o comércio no local. Na semana passada, Edson Palhano, 50 anos, recorda que chegou a vender 400 salgados por dia. "Não vencia, a cada meia hora precisava repor. Hoje, só vendi cinco." Ele acredita que, a partir de agora, o movimento no litoral deve aumentar apenas aos finais de semana. "Vai ser uma temporada curta para nós, porque as aulas começam dia 10 de fevereiro. Mas deu para vender bem já, paga as contas do ano", comemora Palhano, que trabalha como caseiro fora da temporada.

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A tranquilidade da época e do local também foi o chamariz para a família de Márcio Apolinário, 42 anos, servidor público e vereador em Jussara, no Noroeste do estado. Para ele, o chuvisco fino que caía no início da tarde de ontem é o clima ideal para curtir a praia. "Pelo menos não ficamos como um camarão no sol" , brinca, enquanto constrói castelos de areia com o filho e uma sobrinha.

Pescaria

Morador de Cascavel, Mateus Amaral Dias, 12 anos, afirma gostar da praia mais vazia para explorar seu passatempo preferido: a pescaria. "Dá para curtir mais!" Apesar da preocupação da mãe, ele conta que pega a varinha de pescar e passa horas na orla.

Outro que não vê o tempo passar enquanto pesca é o motoboy curitibano Clonir Lopes da Silva, 54 anos. No litoral desde o último dia 23, ele afirma que o hobby é uma maneira de desestressar da correria do dia a dia. "Estou aqui desde umas 10 horas, nem sei que horas são, nem trago relógio", diz, exibindo seis peixes.

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