O problema do acúmulo de lixo ainda não está resolvido no Litoral, mesmo após a contratação da empresa Leão e Leão em caráter emergencial - sem licitação - pelo governo estadual para fazer a coleta no verão. "Toda temporada é a mesma coisa. Venho sempre para o Litoral e existe sempre esta dificuldade com o lixo. O caminhão até passa, mas parece que não dá conta", afirma Egídio Souza dos Santos, veranista curitibano que está passando férias em Caiobá.
O secretário estadual do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, confirmou que o problema com o lixo existe e disse que a empresa contratada apresenta falhas logísticas, por isso há lixo acumulado em alguns pontos das praias. O secretário afirmou que a Leão e Leão já foi notificada e tem até a meia-noite de sábado para solucionar a questão.
Se isso não acontecer, a empresa será autuada e pagará multa de R$ 50 milpor dia, até que a situação seja normalizada. "Essa é a primeira temporada que a Leão e Leão faz o recolhimento do lixo no nosso Litoral, por isso precisava de um tempo para se organizar. Mas já houve tempo para isso e esses problemas logísticos não podem continuar", diz.
O diretor operacional da Leão e Leão, Carlos Eduardo Alvim, afirmou que a coleta do lixo está sendo feita diariamente, mas confirma que não está sendo suficiente. "Fomos notificados do problema na terça-feira (30 de dezembro) e estamos tentando solucionar a questão. Colocamos quatro caminhões a mais para operar no Litoral", afirma.
Sobre a possibilidade da multa, Alvim disse que está prevista em contrato e que, caso aconteça, a empresa irá tentar argumentar com o governo estadual.
O diretor operacional destacou também que a população precisa se informar sobre os horários da coleta. "A impressão de que há uma grande quantidade de lixo nas praias paranaenses acontece porque as pessoas colocam o lixo para fora quando o caminhão acabou de passar", finaliza.
Veranistas
Rasca afirmou também que o grande número de pessoas no Litoral tem causado um volume de lixo superior ao que era esperado. Segundo o secretário, a coleta em trajetos que levavam três horas para serem feitos pelos caminhões estão demorando até cinco horas e meia. "Nessa temporada temos 200 mil pessoas a mais do que no verão passado. Com tanta gente na praia a produção do lixo é proporcionalmente maior", argumenta.
O secretário disse ainda que os veranistas também contribuem para que haja acúmulo de lixo. Isso acontece quando os turistas e moradores não colocam o lixo em frente às casas nos dias e horários corretos. E também quando estacionam nos dois lados das ruas e impedem a passagem dos caminhões. "As pessoas têm que ter consciência de que se colocarem o lixo para fora ao meio-dia, não será recolhido porque o caminhão já passou. Nesse caso não adianta reclamar", explica. A orientação é para que o lixo seja colocado para fora antes das oito horas e depois das 18.
O volume de lixo já é tão grande, que foi levado para outros locais pelos moradores e veranistas. "Faz uns três dias que o caminhão de lixo não passa. Nós tivemos até que colocar o lixo nas lixeiras da rua de baixo porque aqui já não está mais cabendo", afirma Neuza fernandes Correia, que trabalha como servente no condomínio Vivendas Caiobá, em Matinhos.
Rasca disse que em nenhum momento a coleta deixou de ser realizada e que a dificuldade de acesso dos caminhões tem sido determinante para piorar a situação.
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