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O afogamento é a segunda causa de morte por acidentes entre crianças de 1 a 14 anos no Brasil, atrás apenas de acidentes de trânsito, segundo a ONG Criança Segura. Em 2005, último ano do levantamento feio pelo Ministério da Saúde, foram 1.496 mortes de crianças até 14 anos por afogamento – no mar, rios, piscinas e também em casa, como com baldes. A estatística preocupa e pede cuidado por parte dos pais, principalmente no Carnaval, com mais movimento nas praias. "A grande recomendação é de que a criança esteja sempre acompanhada, o tempo inteiro. São nos minutos de desatenção que a criança se expõe ao risco", afirma a coordenadora de desenvolvimento institucional da ONG, Renata Schiavone.

Após passar por um susto, a auxiliar de cozinha Solange Cardoso Corrêa, de Campo Magro, região metropolitana de Curitiba, diz que irá aumentar e muito a vigilância sobre os filhos. A filha Amanda, 11 anos, se envolveu em um incidente no mar no dia 3 de janeiro, no Balneário de Santa Teresinha, em Pontal do Paraná. "O mar estava bem bravo, minha filha foi brincar e de repente sumiu", conta. Ao ser resgatada pelos guarda-vidas, os sinais vitais da menina estavam fracos. "Reconheço que foi um pouco de descuido", diz a mãe.

Ao estudar 1.353 casos de afogamentos em Pontal, Matinhos e Guaratuba, o major Paulo Henrique de Souza, do Corpo de Bombeiros, verificou que em 49,8% dos casos as vítimas estavam com familiares e em 28,3%, na companhia dos pais. "Muitas vezes o adolescente não ouve as orientações dos pais, mas há também os pais que, por desconhecimento do risco, não orientam os filhos direito", diz o major.

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