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Baía de Guaratuba agrada a pescadores e veranistas

Baía de Guaratuba oferece atrativos como passeios de barco, cultivo de ostras e uma vegetação rica em sambaquis e manguezais | Walter Alves/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Baía de Guaratuba oferece atrativos como passeios de barco, cultivo de ostras e uma vegetação rica em sambaquis e manguezais (Foto: Walter Alves/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

O Litoral do Paraná tem mais opções no roteiro turís­­ti­­co do que se imagina. A Baía de Guaratuba, onde se faz a travessia entre Guaratuba e Matinhos pelo ferryboat, tem potenciais às vezes pouco conhecidos. Uma mudança no trajeto habitual pode levar a outros ricos detalhes da região, desde a vegetação atlântica até pontos de pesca e cultivo de ostras.

Com 48 km² de extensão, a segunda maior baía do estado – a Baía de Paranaguá é a maior – é um espaço ideal para pesca e passeios de barco. Os atrativos naturais são abundantes. A Ilha da Pescaria, por exemplo, concentra parte dos sambaquis, amontoados de conchas e ossos que são arquivo farto para estudiosos. Manguezais também são comuns nas proximidades.

Em um trajeto com barco, que custa entre R$ 10 e R$ 60, em média, os turistas ainda podem conhecer os nove pontos de cultivo e comercialização de ostras.

Já a Praia de Caieiras mantém características da comunidade de pescadores artesanais. Um dos pontos para visita é o local onde ocorreu o naufrágio do Vapor São Paulo, que voltava da Guerra do Paraguai, em 1868. Em dias de maré baixa, é possível ver o que restou do navio. Na mesma região, restaurantes e quiosques dão amostras da gastronomia típica.

A comunidade também guarda histórias de união. Inaugurada em julho do ano passado, a Passarela dos Nós foi uma iniciativa dos pescadores. A passagem de 110 metros de extensão e um trapiche foram construídos com a ação de voluntários, facilitando o embarque e desembarque pesqueiro.

"Quando o pescador vinha do mar com a produção, precisava levar a remo até a areia, e acabava perdendo tudo com a geração de ondas", relembra Fabiano Cecílio da Silva, diretor-executivo do Instituto Guaju, ONG que atua na região há sete anos.

Com o objetivo de refoçar o turismo e a cultura na Baía de Guaratuba, o instituto faz o monitoramento dos Guarás, aves-símbolo da região. O trabalho, que se concentra principalmente em Caieiras, agrega educação ambiental, desenvolvimento e sustentabilidade.

Outro projeto é uma parceria desenvolvida entre a ONG Enamar e a UFPR Litoral, que oferece atividades a crianças da rede pública. Os alunos têm acesso no contraturno a lições de velejamento, canoagem e conhecimento náutico.

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