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Fim de semana poliesportivo no Litoral
Outras modalidades esportivas também agitaram o fim de semana no Litoral paranaense. Em Guaratuba, foi disputada a Travessia a Nado na Praia do Cristo. Os 224 participantes foram divididos em 23 categorias e percorreram 1.500 metros do trajeto. Também dentro da água, no sábado, a Praia Brava de Matinhos foi local da segunda etapa do Caiobá King Surf Sub 16. No sábado as praias de Caiobá, Matinhos e Shangri-lá receberam ainda atletas de várias idades para partidas de surfe, bicicleta, handebol e futevôlei.
Fora das praias foi realizada ontem em Matinhos a prova de duathlon terrestre, que reuniu 150 participantes. A prova é dividida em três etapas de duas modalidades esportivas: a primeira de 4 quilômetros de corrida, a segunda de 20 quilômetros de ciclismo e a terceira de mais 2 quilômetros de corrida
Matinhos - Para um grupo chegado em futebol o domingo ensolarado foi o tempo de rever velhos amigos, alguns fãs e colegas de profissão. O "Desafio das Estrelas" reuniu ontem na Arena Copel, em Matinhos, ex-jogadores de times paranaenses para uma partida de futebol de areia, acompanhada por alguns torcedores que seguiram fielmente a carreira dos atletas e outros que só ouviram falar da turma por alto.
Segundo a organização do projeto do governo estadual "Viva o Verão com + energia", a partida reuniu cerca de 500 pessoas. O resultado? O time de estrelas bateu os convidados por 8 a 6.
Mesmo jogadores que no passado se enfrentaram em campo como rivais em clássicos, ontem estavam do mesmo lado. "No futebol a gente vira amigo mesmo sendo adversário e aqui é um clima animado de reencontro", detalha Vavá, ex-zagueiro do Coritiba e campeão brasileiro em 1985.
Antes da partida, os atletas conversavam enquanto não entravam em ação. Mas não era nada parecido com a preleção de um vestiário com discussões sobre o esquema tático antes do jogo. O bate-papo era na sombra de uma tenda montada na praia e o clima era de festa. Entre uma piada e outra, surgiam as histórias. "Hoje bato pênalti se precisar, porque em 1985 eu não consegui. Estava com cãibra e achei melhor não arriscar", diverte-se Heraldo ao lembrar da decisão do título nacional contra o Bangu, no Rio de Janeiro.
Em vez de encontrar um estádio lotado e torcidas rivais nada amigáveis, o clima na arena era de comemoração. "O pessoal não considera as cores e onde você jogou. Quem gosta de futebol quer mesmo é rever os jogadores", afirma o ex-goleiro atleticano Ricardo Pinto. Além dele, estiveram na areia Vavá, Heraldo, Eliseu, Marcos Gaúcho, Ronaldo Lobo e Caxias. Na equipe dos convidados, Leco jogou como goleiro e Marco Aurélio foi o técnico.
Quando a partida teve início, deu para ver no primeiro chute que jogar futebol é como andar de bicicleta: nunca se esquece. O time das estrelas demonstrou técnica e para compensar a idade mais avançada que o time dos convidados esbanjou toques de primeira. "Nosso time ataca em leque e defende em ferradura", gritou em forma de piada Caxias, que jogou pelo Colorado, e ontem assumiu a vaga de técnico. "Nem jogo mais futebol, hoje só fico corneteando do lado de fora. É mais fácil", confessa.
Só na torcida
A torcida se acomodou na arena montada na praia para ver a partida e matar a saudade dos ídolos. O alambrado e o fosso dos estádios deram vez a uma rede simples e a possibilidade de tirar fotos e pegar autógrafos. "Quero uma fotografia para colocar na internet e provar que estive com os jogadores", planejava a dona-de-casa paranista Sueli Santos, de 41 anos.
A nova geração esteve presente no evento para conhecer os jogadores e vê-los jogar pela primeira vez. O funcionário público Rubens Santarém Júnior, 42 anos, levou o filho Leonardo, de 9 anos, e o sobrinho Caio, de 10, ao encontro dos antigos craques para atender um pedido especial das crianças. "Eles geralmente não acordam cedo, mas hoje colocaram o celular pra despertar só para pegar autógrafos", revela. Um outro plano dos meninos foi vestir camisas brancas, para poder receber as assinaturas dos jogadores que só conheciam de ouvir falar.
"É sempre bom rever a geração de 1985. Eles marcaram época no Coritiba", diz o comerciante Reinaldo Horning, 60 anos, que ressaltou especialmente a oportunidade de ver Vavá jogar mais uma vez.