Polícia cumpriu mandado de busca e apreensãono apartamento de Eduardo Requião| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

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Fim de semana poliesportivo no Litoral

Outras modalidades esportivas também agitaram o fim de semana no Litoral paranaense. Em Guaratuba, foi disputada a Travessia a Nado na Praia do Cristo. Os 224 participantes foram divididos em 23 categorias e percorreram 1.500 metros do trajeto. Também dentro da água, no sábado, a Praia Brava de Matinhos foi local da segunda etapa do Caiobá King Surf Sub 16. No sábado as praias de Caiobá, Matinhos e Shangri-lá receberam ainda atletas de várias idades para partidas de surfe, bicicleta, handebol e futevôlei.

Fora das praias foi realizada ontem em Matinhos a prova de duathlon terrestre, que reuniu 150 participantes. A prova é dividida em três etapas de duas modalidades esportivas: a primeira de 4 quilômetros de corrida, a segunda de 20 quilômetros de ciclismo e a terceira de mais 2 quilômetros de corrida

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Matinhos - Para um grupo chegado em futebol o domingo ensolarado foi o tempo de rever velhos amigos, alguns fãs e colegas de profissão. O "Desafio das Estrelas" reuniu ontem na Arena Copel, em Matinhos, ex-jogadores de times paranaenses para uma partida de futebol de areia, acompanhada por alguns torcedores que seguiram fielmente a carreira dos atletas e outros que só ouviram falar da turma por alto.

Segundo a organização do projeto do governo estadual "Viva o Verão com + energia", a partida reuniu cerca de 500 pessoas. O resultado? O time de estrelas bateu os convidados por 8 a 6.

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Mesmo jogadores que no passado se enfrentaram em campo como rivais em clássicos, ontem estavam do mesmo lado. "No futebol a gente vira amigo mesmo sendo adversário e aqui é um clima animado de reencontro", detalha Vavá, ex-zagueiro do Coritiba e campeão brasileiro em 1985.

Antes da partida, os atletas conversavam enquanto não entravam em ação. Mas não era nada parecido com a preleção de um vestiário com discussões sobre o esquema tático antes do jogo. O bate-papo era na sombra de uma tenda montada na praia e o clima era de festa. Entre uma piada e outra, surgiam as histórias. "Hoje bato pênalti se precisar, porque em 1985 eu não consegui. Estava com cãibra e achei melhor não arriscar", diverte-se Heraldo ao lembrar da decisão do título nacional contra o Bangu, no Rio de Janeiro.

Em vez de encontrar um estádio lotado e torcidas rivais nada amigáveis, o clima na arena era de comemoração. "O pessoal não considera as cores e onde você jogou. Quem gosta de futebol quer mesmo é rever os jogadores", afirma o ex-goleiro atleticano Ricardo Pinto. Além dele, estiveram na areia Vavá, Heraldo, Eliseu, Marcos Gaúcho, Ronaldo Lobo e Caxias. Na equipe dos convidados, Leco jogou como goleiro e Marco Aurélio foi o técnico.

Quando a partida teve início, deu para ver no primeiro chute que jogar futebol é como andar de bicicleta: nunca se esquece. O time das estrelas demonstrou técnica e – para compensar a idade mais avançada que o time dos convidados – esbanjou toques de primeira. "Nosso time ataca em leque e defende em ferradura", gritou em forma de piada Caxias, que jogou pelo Colorado, e ontem assumiu a vaga de técnico. "Nem jogo mais futebol, hoje só fico ‘corneteando’ do lado de fora. É mais fácil", confessa.

Só na torcida

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A torcida se acomodou na arena montada na praia para ver a partida e matar a saudade dos ídolos. O alambrado e o fosso dos estádios deram vez a uma rede simples e a possibilidade de tirar fotos e pegar autógrafos. "Quero uma fotografia para colocar na internet e provar que estive com os jogadores", planejava a dona-de-casa paranista Sueli Santos, de 41 anos.

A nova geração esteve presente no evento para conhecer os jogadores e vê-los jogar pela primeira vez. O funcionário público Rubens Santarém Júnior, 42 anos, levou o filho Leonardo, de 9 anos, e o sobrinho Caio, de 10, ao encontro dos antigos craques para atender um pedido especial das crianças. "Eles geralmente não acordam cedo, mas hoje colocaram o celular pra despertar só para pegar autógrafos", revela. Um outro plano dos me­­ninos foi vestir camisas brancas, para poder receber as assinaturas dos jogadores que só conheciam de ouvir falar.

"É sempre bom rever a geração de 1985. Eles marcaram época no Coritiba", diz o comerciante Reinaldo Horning, 60 anos, que ressaltou especialmente a oportunidade de ver Vavá jogar mais uma vez.