O Corpo de Bombeiros registrou, em apenas um dia, 185 casos de queimadura por águas-vivas no Litoral do Paraná. Os incidentes ocorreram na última segunda-feira (24) nos balneários de Ipanema, Praia de Leste, Santa Terezinha e Shangri-lá, todos de Pontal do Paraná. Antes disso - do início da temporada (em 11 de dezembro) até 23 de janeiro tinham sido 26 casos de banhistas queimados.
Se for levado em conta o período de 11 de dezembro até 24 de janeiro, as ocorrências da última segunda-feira equivalem a 87,68% dos casos de veranistas queimados nesses 45 dias.
Com relação a toda temporada, o número de banhistas queimados apenas naquela data representa 46,72% do total desse verão. Até a quinta-feira (27), 396 ocorrências desse tipo foram registradas, segundo as estatísticas do Corpo de Bombeiros.
A maior parte dos veranistas queimados na última segunda entrou em contato com a água-viva no Balneário Ipanema II, onde foram computados 98 casos. A segunda maior incidência foi em Shangri-lá, com 25 casos.
No ano passado também houve situação semelhante. Em 6 de janeiro de 2010, 139 banhistas foram queimados em balneários de Pontal do Paraná.
Saiba como proceder em caso de queimadura por água-viva
Assim que o veranista sentir ardência na pele precisa sair imediatamente do mar. A toxina da água-viva causa queda de pressão e há risco de afogamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o banhista pode passar vinagre no local queimado para aliviar a dor. É possível lavar a área com água do mar ou soro fisiológico. Nunca se deve colocar água doce, pois fará com que as bolhas se rompam e a toxina do animal irá se espalhar. O veranista encontrará vinagre nos postos dos guarda-vidas.
O médico dermatologista Marcos Winter, do Hospital São Lucas, explica que os veranistas podem ter reação alérgica e, em casos mais graves, a pessoa pode até ter choque anafilático (reação alérgica intensa, com fechamento da glote e taquicardia). "É normal sentir ardência e a pele ficar vermelha. Mas, se o turista sentir dificuldade para respirar, precisa procurar uma unidade de saúde ou um hospital com urgência", explica o dermatologista.
Winter destaca que apenas o médico deve prescrever os remédios necessários. Será necessário aplicar antialérgico e anti-inflamatórios sobre a área afetada e, nos casos mais graves, a pessoa também terá de tomar alguma medicação. "Nunca lave o local queimado com urina ou passe ervas e medicamentos caseiros. A pessoa poderá complicar a situação", alertou o especialista.
O Corpo de Bombeiros orientou ainda que a pessoa não deve tentar retirar pedaços do animal com as mãos, pois irá queimá-las. O indicado é utilizar luvas ou pinças.
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