Caiobanda atrai 300 mil foliões
Ele poderia aproveitar o carnaval em Balneário Camboriú (SC) ou em Fortaleza (CE), onde tem apartamentos, ou até mesmo em seu país de origem. Mas foi o som dos trios elétricos que convenceram o engenheiro espanhol Jorge Manuel Sigala, de 50 anos, a passar a festa em Caiobá. Para ter conforto, comprou um apartamento de frente para o mar. "Aqui é especial, tem muita diversão e podemos curtir com a família", disse, ao lado do filho Mateus, de 4 anos.
Matinhos - As fantasias e as alegorias retornam hoje às ruas de Paranaguá. A partir das 18 horas desta terça-feira, desfilam na Avenida Arthur de Abreu, no Centro Histórico, as duas escolas campeãs do carnaval 2009: a São Vicente e a Acadêmicos do Litoral.
Com apenas seis anos de existência, o Grêmio Recreativo Desportivo Cultural São Vicente sagrou-se pentacampeão do grupo especial, após desfilar com o tema "Sal! Muito mais que um tempero, uma história! Uma conquista!". Segundo o presidente da escola, Nilo Monteiro, a ideia do enredo surgiu depois de uma pesquisa sobre a história do sal feita pelos carnavalescos Tino Zella, Glácio Airton e Anderson Matoso. "O sal tem uma trajetória de séculos que começa no Egito e passa pelo nosso dia-a-dia. Até a palavra salário derivou desse tempero". A escola, que desfilou com 700 componentes e cinco carros alegóricos, obteve nota máxima em oito dos dez quesitos de avaliação, fechando a apuração, ocorrida na tarde de ontem, com um total de 99 pontos, quatro a frente da segunda colocada, a Filhos da Gaviões.
Já a Acadêmicos do Litoral, campeã do grupo de acesso que volta para o especial depois de dois anos, desfilou com o tema "Se essa avenida fosse minha". O desfile foi repleto de significados, mostrando o universo democrático e divertido que é rua para as crianças, com alas que mostravam brincadeiras como empinar pipa e jogar futebol. A fundadora da escola, Milene Rosa Gomes, de 82 anos 50 deles de avenida , foi aplaudida de pé assim que a apuração dos votos terminou. A Acadêmicos do Litoral, que tem ao todo 14 títulos, entrou na avenida com quatro carros e cerca de 350 integrantes.
Tradição antoninense
Em Antonina, o desfile das escolas de samba foi de muita emoção e alegria não só para os estiveram na avenida representando seus grupos carnavalescos, mas também para os que curtiram a folia de fora. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 45 mil pessoas acompanharam os desfiles na noite de domingo.
Entre os foliões estava uma família de Curitiba, que há 11 anos passa o feriado na cidade. "Acho o máximo o carnaval daqui. É bem família, saudável e todo mundo brinda", disse Sandra Cornelsen, 58 anos, que festejava com o filho Leonardo Beltrão, 34, e os netos Giulia, 13, Natália, 5, e o pequeno Arthur,1.
Apesar de não escolher campeãs, o saudável clima de rivalidade tomou conta da avenida. Para o grupo Portinho, primeiro a desfilar, o carnaval deste ano teve um gostinho especial. A escola, que completou 30 anos no domingo, não pisava há 13 na avenida. "Começamos praticamente do zero. Estamos muito felizes e emocionados com essa volta", contou Lindamar dos Santos Silva, presidente da escola, que teve como tema o início da colonização em Antonina.
Destaque também para as fantasias e coreografias das escolas seguintes, que agitaram a plateia. A Filhos da Capela homenageou o barreado, prato típico da gastronomia regional. A Leões de Ouro entrou com o samba-enredo "Mistério da Fênix, símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual". "Minha mãe já desfilava e posso dizer que desfilei pela primeira vez quando ainda estava na barriga dela. Participo desde criança e cada vez é diferente. É uma emoção inexplicável e um grande amor pela escola", disse a rainha de bateria da Leões de Ouro, Camila Santos da Silva, 19 anos.
A Batuqueiros do Samba foi a quarta a se apresentar, com o tema "Eu sou batuqueiro e na folia estou contente, vou tirar da cana açúcar e água ardente", destacando a cachaça típica da região. A escola Brinca Para Não Chorar, entrou com o tema "Entre Deusas, Rainhas e Princesas, vem brincar para não chorar", uma homenagem às mulheres que fizeram história, como Cleópatra e Princesa Isabel. O carro abre-alas apresentou a riqueza do Egito e a bateria fez a plateia levantar com o ritmo da batucada. A Batel fechou os desfiles com uma volta ao mundo, ao abordar os cinco continentes em seu samba enredo. Depois disso a festa rolou solta com o baile público e as apresentações musicais.
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