Casa de surfistas como o tricampeão brasileiro Peterson Rosa e outros grandes talentos do esporte, Matinhos é conhecida pela qualidade das ondas para aprender a surfar. No Pico dos Surfistas – como o local localizado na Praia Central é conhecido - é possível encontrar vários praticantes da modalidade – sejam profissionais, amadores, ou crianças com suas pranchas de isopor. É lá que encontramos o instrutor Diego Chaves, um pouco antes de sua aula com os primos Felipe Londres, de 13 anos, e Henrique Beltrão, de 8. Diego surfa desde os 9 anos e viu o nome de Matinhos ser levado ao mundo por Peterson Rosa. Ao falar do surf, Diego descreve praticamente uma religião. “É mais do que um esporte, é uma ligação com a natureza, uma forma de agradecer todo dia pela vida”.
Hoje, o instrutor estuda Educação Física e trabalha na ONG Ondas do Saber, que ensina o surf para as crianças da comunidade fora de temporada. Durante o verão, Diego se dedica a ensinar jovens turistas as técnicas para encarar as ondas de Matinhos. “As ondas desta parte da praia são perfeitas para aprender, já que elas só quebram para a direita. Chamados de point break”, explica o instrutor.
Diego conta que há turistas de todo o Brasil que procuram a cidade para iniciar a prática, que não tem idade certa para ser iniciada. “Em qualquer idade a criança pode começar a pegar onda na brincadeira. O trabalho fica melhor com crianças um pouco maiores, entre 5 e 6 anos de idade”, comenta. A aula começa com um aquecimento antes de ir para água e todo é monitorado pelo professor, que tem uma grande responsabilidade nas mãos. “A prancha utilizada é a soft board, especial para quem está aprendendo – e é claro, com o instrutor sempre ao lado”.
Felipe Londres vive em Brasília e vem ao litoral do Paraná todo o verão para fazer aulas de surf. “Preciso aproveitar, já que em Brasília é impossível pegar ondas”, ri. O jovem é outro entusiasta do surf, e diz que a sensação é indescritível. “Só quem surfa sabe”. Já o primo, Henrique, começou a praticar neste verão e já sabe qual esporte vai escolher seguir daqui pra frente. “Surfar é melhor do que andar de bicicleta, sem dúvidas”, disse.
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