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Chuva provoca queda no movimento do comércio no Litoral

A funcionária do quiosque, Letícia de Moraes, contou que não atendeu nenhum cliente nesta terça-feira | Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A funcionária do quiosque, Letícia de Moraes, contou que não atendeu nenhum cliente nesta terça-feira (Foto: Valterci Santos / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A chuva no Litoral durante a temporada de verão não estraga apenas as férias dos veranistas. Com a queda no movimento, comerciantes registram queda nas vendas. Em Guaratuba, boa parte do comércio nem abriu as portas nesta terça-feira (15).

Quiosques fechados, lojas vazias e praia praticamente deserta. Poucos se arriscaram a sair de casa com a chuva que caiu, insistentemente, nos últimos dias. Em um longo trecho da praia, o casal Ana Beatriz Kapriec e Gustavo Fassina era o único visto na areia. "Chegamos ontem (segunda-feira) e, como quase tudo está fechado, não há muita opção. Viemos caminhar na areia", conta Ana.

Um dos poucos quiosques abertos na praia, a atendente garantia apenas a vigilância do estabelecimento. "Não atendi nenhum cliente durante todo o dia. A gente abre só para tomar conta, para que não roubem ou quebrem qualquer coisa por aqui", conta Letícia de Moraes, funcionária do estabelecimento.

O quiosque ao lado teve mais sorte nos negócios. "Hoje, atendi umas 20 pessoas. Num dia sem chuva, em fevereiro, eu receberia em torno de 800 clientes", conta Dautieli Gonçalves, funcionário. Entre os poucos clientes estão Albert Fokkens e a esposa Daria, que vieram para comemorar 31 anos de casamento. "Uma comemoração como essa, não há chuva que atrapalhe", garante Albert.

No comércio da cidade, o cenário não muda muito. Regiane Ferreira Rocha trabalha em uma loja de artigos para praia e pesca que fica na avenida principal de Guaratuba. Segundo ela, a localização é a única vantagem. "O atendimento cai mais de 80%, mas ainda aparecem alguns clientes porque a avenida tem algum movimento", explica.

Mesmo quem trabalha em uma das áreas mais movimentadas da cidade sofre com a queda nas vendas. Ezequiel Fernandes é vendedor ambulante de alimentos e bebidas no ferryboat e sente uma queda de 80% no lucro dos dias chuvosos. "O tempo ruim atrapalha muito, mas a gente não pode deixar de trabalhar. Melhor vender pouco do que nada", avalia.

Mas há quem tenha motivos para comemorar. Márcio Gil da Silva é proprietário de uma locadora de filmes e nos últimos dias teve um aumento de 20% com relação à semana passada, que teve dias de sol. "Quando chove, o movimento sempre é maior do que em dias de sol. Só não é maior ainda porque muita gente não sai de casa nem para vir até a locadora", explica.

Pelo menos até esta quarta-feira (16) a chuva deve continuar interferindo nas vendas. A previsão é que a instabilidade continue durante todo o dia.

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