Dicas
Veja o que reparar em cada tipo de pescado:
Peixes
"As guelras têm que estar vermelhas e os olhos brilhantes, mas é bom lembrar que nós manuseamos o peixe aqui, e as vezes a guelra fica branca e o peixe continua fresco", esclarece Cristiane Ferraz, vendedora de pescados.
Ostras
Têm de estar com a casca úmida e com a carne branca. "Aqui eu abro uma e mostro ao cliente, que pode experimentar e decidir se leva", conta a aquicultora Jaqueline Passos, de 21 anos.
Caranguejo
Só pode ser comprado e cozido vivo. "Caranguejo morto só se a gente limpar aqui nas bancas, o consumidor não sabe limpar e vai acabar fazendo mal", explicam Cristiane e Jaqueline.
Camarão
Sete barbas, rosa ou pistola, o camarão precisa estar firme para ser fresco. A cor também denuncia se o produto é confiável. "O sete barbas, limpo, precisa estar cinza. O rosa acaba puxando para o alaranjado quase que transparente", orienta Cristiane.
Polvo
Dificilmente é encontrado em Matinhos, então é trazido de barco de outras regiões. "Se comprar descongelado, não congele de novo.", indica Cristiane. Para estar fresco, o molusco não pode estar molengo, mas bem firme, com a cor e os olhos bem vivos.
À beira-mar é impossível não perceber a chegada dos barcos com frutos do mar fresquinhos. Saudáveis, os peixes devem ser consumidos pelo menos duas vezes na semana, mas antes de qualquer compra é preciso estar atento a algumas dicas (leia ao lado). Peixe, camarão, ostras, caranguejos, lulas, polvos, entre outras tantas opções têm em comum a necessidade de serem consumidos frescos.
"Procuro comprar em lugares que trabalham com produtos frescos, por isso eu venho cedo aqui, tenho certeza que tudo está chegando agora", conta Leone Kurovske, de 33 anos, que foi ao Mercado do Peixe de Matinhos procurar caranguejos "que se movimentem bastante e grandes".
"O melhor lugar para encontrar ostras fresquinhas é aqui no Litoral. Sempre estão com as cascas úmidas e com a carne branquinha", explica Milton Marra, 44 anos.
Formada em pesca há 15 anos, Cristiane Ferraz, de 35 anos, comanda uma das bancas que são referência de boa qualidade. "Eu procuro fidelizar o cliente, só vendo produto fresco. Se o cliente tiver algum problema faço o possível para resolver", afirma.
Os frutos do mar comprados nos barcos e bancas são mais caros que os encontrados nos supermercados. Segundo os pescadores, isso acontece porque o produto das bancas é fresco e não foi banhado, ou seja, envolto em água para aumentar o peso. "Ás vezes, do outro lado do mercado, o cliente encontra peixes baratos, mas estão estragados ou estragando, por isso o preço cai. Tem de prestar atenção", recomenda Cristiane.