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Na Associação dos Magistrados do Paraná, em que está a família do juiz Jamil Riechi Filho , apenas 25% dos leitos estão ocupados | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Na Associação dos Magistrados do Paraná, em que está a família do juiz Jamil Riechi Filho , apenas 25% dos leitos estão ocupados| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Movimento

Veja o fluxo médio de veranistas por época, segundo a PM:

Natal

560 mil

Ano-Novo

1,1 milhão

Janeiro

470 mil

Fevereiro (antes do carnaval)

360 mil

Carnaval

1,1 milhão

  • Sandro e Samira aproveitam a praia vazia para jogar vôlei

Guaratuba - Passar as férias no Litoral nem sempre significa viver dias de agito. Nas semanas que antecedem o carnaval, o movimento nas praias do Paraná cai cerca de um terço, de acordo com a Polícia Militar. Enquanto cerca de 1,1 milhão de veranistas descem a Serra no réveillon, pouco mais de 360 mil vão ao Litoral no início de fevereiro. E, para quem gosta de sossego, a hora de aproveitar é agora, já que na próxima sexta-feira é esperada uma multidão de mais de um milhão de pessoas, atraída pelo feriado de carnaval.

O juiz de Londrina Jamil Riechi Filho, 45 anos, é um dos que preferem a calma. "O Litoral é bom em todas as épocas do ano, dependendo do objetivo que você tem. Como nós queremos descansar, decidimos vir agora. É o momento ideal, com menos turistas", conta ele, de férias em Guaratuba.

Ele e a família ficam hospedados na Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar), que, nesta época, tem apenas cerca de 25% de seus leitos ocupados. Nos dias do Natal, ano-novo e carnaval, a situação é oposta: a procura é tão grande que a associação precisa fazer um sorteio para selecionar os hóspedes.

Nas areias, o período de movimento reduzido muda os hábitos de boa parte dos veranistas. O analista financeiro Sandro Vaz, 29 anos, aproveita o espaço vazio na orla para jogar vôlei com a esposa, a professora Samira D’Agostini, 25 anos. "Em janeiro, não tem como jogar. A praia sempre está cheia e falta lugar", afirma Sandro.

Quem mora no Litoral também sente a diferença. O surfista Allan Augusto Kovalczykovski, 18 anos, natural de Guaratuba, prefere pegar ondas em fevereiro. "É melhor surfar agora porque tem menos gente na água, então não fica aquela disputa por espaço entre os surfistas e os banhistas".

Balneários menores

Se a queda no movimento já é sentida nas principais praias, o impacto é ainda mais forte nos balneários menores, como Inajá, em Matinhos. Foi lá que a dentista de Toledo Mariângela Baltazar, 35 anos, decidiu passar as férias com a família. "Aqui é muito diferente de Caiobá, ainda mais nesta época do ano. O movimento é menor, há menos gente na areia e não é preciso enfrentar filas no mercado nem no restaurante".

O auxiliar técnico curitibano Cleverson Bueno, 29 anos, optou por um balneário menor para garantir a tranquilidade dos filhos, João, de 4 anos, e Julia, de 5 meses. "Viemos em janeiro e voltamos agora, porque a praia é muito aconchegante e está mais vazia. As crianças podem se divertir sem perigo de se perder no meio da multidão de banhistas", explica Cleverson, que também foi a Inajá.

Comércio

Quem não gosta da "debandada" de turistas são os comerciantes da região. "Em todas as temporadas, o ponto alto é o ano-novo e as três primeiras semanas de janeiro. Depois disso há uma queda significativa, especialmente por causa do início das aulas. Então o comerciante se prepara bem para o carnaval", conta o presidente da Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Casas Noturnas e Prestadores de Serviço do Litoral Paranaense (Assindilitoral), José Carlos Chicarelli.

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