De olho
Conheça algumas características dos peixes mais procurados nos mercados do Litoral
Além dos segredos na hora de comprar, a arte de pescar também exige certas artimanhas. "Há de se ter paciência e conversar com o peixe, para ver onde ele está", conta o pescador Juarez Medeiros, com 32 anos de idade e quase o mesmo tempo de profissão que foi aprendida com o pai. É ele também que ensina as principais características dos peixes mais procurados do nosso Litoral.
Sardinha
Ela tem entre 15 e 20 centímetros de comprimento e é o peixe mais vendido nos mercados. "Chegam a sair mais de 200 quilos em um bom mês para as vendas", conta Nelson Mariani, que trabalha há 46 anos no mercado de Paranaguá.
Linguado
É um dos peixes mais valorizados do mercado. O corpo tem formato oval e mede entre 30 e 50 centímetros. Pode pesar até 3 quilos.
Pescada
Entre as diferentes espécies encontradas, a pescada-amarela é que alcança os maiores dados na ficha técnica: por volta de 1 metro de comprimento e 15 quilos. Já a pescada-olhuda alcança até metade desse tamanho.
Robalo
Está com a pesca suspensa no Litoral do Paraná até 31 de dezembro. O robalo flecha tem em média 50 centímetros e, o peva, 25 centímetros.
Tainha
Costuma ser pescada no inverno. As espécies maiores podem chegar a 1 metro e pesar até 8 quilo.
Linguado à Belle Mouniére
Aprenda com o chef Fabiano Campelo, do restaurante Porto Campelo, de Matinhos, um dos preparos mais pedidos do linguado
As riquezas do Litoral paranaense vão além das que estão visíveis nas praias e cidades. No fundo do mar há uma variedade de preciosidades gastronômicas, que garantem a refeição dos consumidores e o sustento de centenas de famílias que lidam com as atividades pesqueiras. E debaixo d'água, opções são o que não faltam para ambos os lados. "Só de peixes temos aproximadamente 320 espécies no Litoral do Paraná", explica o professor do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná, Marco Fábio Maia Corrêa.
Em meio à tanta diversidade, há os que figuram entre os preferidos do público, como a pescada, sardinha, linguado, tainha e robalo. Só que apesar da grande variedade, a Força Verde faz um acompanhamento de perto com os pescadores para que determinadas espécies não sumam. Um exemplo é o cação, que já está com um número reduzido de filhotes. "A pesca da sardinha, por exemplo, foi importante nos anos 1970 e 1980, mas entrou em colapso. Na década de 1990 foram adotadas medidas de proteção para a pesca industrial", lembra Correia.
Como comprar
De olho na qualidade do produto, o consumidor deve ficar atento a certos sinais que garantem que o peixe está fresco. "O primeiro passo é verificar se as guelras estão vermelhas por dentro, se o olho do peixe ainda aparenta estar vivo e a textura das escamas", recomenda o vendedor Acir Dina, que trabalha no ramo há 36 anos.
"Aqui é assim: eu não compro e não vendo se não estiver fresquinho e não conhecer o fornecedor", resume o vendedor Nelson Mariani, há 46 anos no Mercado de Peixes de Paranaguá.
O chef de cozinha do Centro Europeu Sandro Duarte também recomenda ao consumidor observar se as escamas estão firmes e brilhantes e se o odor é suave. "A carne deve estar úmida e lustrosa, sem sinais de descoloração e não pode haver líquido em volta dos filés ou postas", completa.
É bom também dar uma olhada na temperatura dos refrigeradores que acondicionam o produto: não pode ser superior a 6ºC.
Serviço:
- Restaurante Porto Campelo. Rua Valdir Muller, 334, Matinhos, fone (41) 3473-3347
- Mercado Municipal Brasílio Abud. Rua João Estevão, 18, Paranaguá, fone (41) 3420-2924
- Mercados dos Pescadores. Rua Martinho Correia, 412, Centro, Matinhos, fone (41) 3453-2790
- Mercado de Peixe do Balneário Shangri-lá. Avenida Aníbal Cury, fone (41) 3457-5585
- Mercado Municipal João Batista de Miranda. Rua Wilton de Souza, Guaratuba, fone (41) 3442-8171
- Mercado de Peixe de Antonina. Rua Antônio Prado, fone (41) 3978-1080.
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