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Rede coletora de esgoto também não cobre todo o Litoral, contribuindo na balneabilidade | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Rede coletora de esgoto também não cobre todo o Litoral, contribuindo na balneabilidade| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Orientações para evitar banhos em locais impróprios

- Não entre no mar quando houver a indicação de que o local é impróprio para banho. A distância aconselhável é de 200 a 500 metros da placa de orientação.

- Evite entrar no mar perto de locais onde há despejo de esgoto doméstico.

- Evite se banhar 48 horas após chover intensamente.

- Durante a maré baixa, a contaminação é maior.

- Não leve animais para a praia.

Fonte: IAP

Bactéria causa uma série de doenças

A ingestão da água contaminada com a bactéria Escherichia coli (E.coli) pode causar infecção digestiva e resultar em uma desidratação com febre, vômito e diarréia. Nos olhos pode causar conjuntivite infecciosa. "É uma cadeia de fatores. Nos casos mais graves, a contaminação da bactéria pode comprometer alguns órgãos, como o intestino, e aliado a uma forte desidratação pode levar até à morte", afirma, Luiz Carlos Pereira, chefe de Dermatologia e diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. O médico alerta que as pessoas contaminadas com a E.coli podem transmitir doenças quando há falhas de higiene, principalmente na manipulação de alimentos. Além disso, a água do mar também pode conter outros tipos de bactérias, um deles é o bacilo estafilococos, que causa infecções de pele, como bolhas e inflamações. "O sal do mar e o sol excessivo deixam a pele mais sensível, produzindo queimaduras, que facilitam a contaminação", explica Pereira. O diretor clínico da Santa Casa ressalta que é preciso ter atenção com as crianças, por terem a pele mais sensível. E em caso de suspeita de contaminação é preciso procurar um médico. (FL)

O último Boletim da Balneabilidade divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) aponta os mesmos pontos próprios para banho nas praias da semana passada. Dos 43 pontos avaliados, dois seguem próprios: Prainha e Praias de Caieiras, ambos em Guaratuba.

De acordo com o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, o fato de o número de pontos próprios ter sido o mesmo, apesar do aumento do número de pessoas no carnaval, pode ser o indicativo de que as fontes poluidoras são permanentes nas praias, como alguns estabelecimentos comerciais, por exemplo. "Ainda teremos que estudar a situação. Se a poluição fosse causada somente pelas residências, teria aumentado bastante no Litoral com o feriado", afirma Burko.

Burko disse ainda que, apesar do boletim apresentar apenas dois pontos próprios, nesta temporada a contaminação do mar diminuiu consideravelmente. Segundo ele, em anos anteriores alguns pontos impróprios chegaram a apresentar 15 mil bactérias Escherichia coli (E.coli) por 100 mililitros de água. Já nesta temporada a média variava entre 1.500 a 2.000 E.coli por 100 mililitros de água nos pontos reprovados. "Essa diminuição ocorreu por causa da fiscalização que tem sido feita nas ligações de esgoto clandestinas e nas fossas irregulares", explica o presidente do IAP.

O Boletim de Balneabilidade é o resultado da análise das cinco últimas amostras coletadas pelo IAP. Um ponto é considerado impróprio quando o último resultado for superior a 2.000 bactérias Escherichia coli (E.coli) por 100 mililitros de água, ou se duas ou mais amostras apresentarem índices superiores a 800 E.coli por 100 mililitros.

Entre os rios, dos cinco pontos avaliados, quatro estão próprios para banho. São dois pontos do Rio Nhundiaquara e um no Rio Marumbi, em Morretes, além do Rio do Nunes, em Antonina. O Rio Ponta da Pita (em Antonina) novamente foi considerado impróprio para banho.

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