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Conheça alguns desses costumes que podem gerar grandes dores de cabeça, literalmente, e saiba como manter o bom senso para passar a temporada bem longe dos medicamentos
bons hábitos
Para curtir a praia e ficar longe dos remédios
Fuja do sal e das bebidas alcoólicas
Com o calor, é difícil resistir a uma cervejinha. O problema é exagerar. "O álcool em excesso ajuda a aumentar a pressão do sangue nas artérias, o que pode contribuir para o risco de infarto ou de um acidente vascular cerebral", explica o cardiologista e professor de Clínica Médica da UFPR Mário Cerci.
Outra atitude de risco é abusar do sal, presente nos churrascos feitos em casa ou nos embutidos da hora do lanche. "Sal em excesso retém mais líquido no sangue, aumentando o volume dentro das artérias e, consequentemente, a pressão, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares."
Além da moderação, o médico recomenda que os veranistas façam exercícios físicos constantemente. "Esse hábito contribui para a saúde física e mental e aumenta a imunidade." O conselho é seguido à risca durante as férias em Matinhos da dona de casa Silvia de Valdovinos, 72, que mora em San Lorenzo, no Paraguai. "Sou hipertensa, então, nada melhor do que uma caminhada." A filha, a pedagoga Alicia, 40, tem pressão baixa e sempre acompanha a mãe. "Costumo ter muito calor e suar, então, a prática ajuda a refrescar."
Tudo seco depois do banho de mar
O hábito de se molhar diversas vezes ao dia sem se secar de forma correta também pode acarretar várias doenças, como as dores de ouvido e os problemas de pele. No verão, como o corpo costuma transpirar mais e as pessoas se banham com mais frequência, as dobras do corpo, como axilas e vãos dos dedos, costumam ficar mais tempo úmidas. O resultado é a proliferação de fungos o que pode causar micoses. "O ideal é se secar após cada banho, não nadar em locais impróprios e evitar tecidos que causam sudorese, preferindo o algodão", aconselha o dermatologista do Hospital de Clínicas (HC) Jesus Santamaria.
Nesse molha e seca, os ouvidos também podem ser prejudicados. São bem comuns nesta época os casos de otite externa, quando há inflamação da pele que reveste o ouvido. "Como é uma região escondida, demora mais para secar e o risco de inflamação é maior", comenta o otorrinolaringologista do HC Rogério Schmdit. A inflamação acontece porque há proliferação de bactérias que já vivem no local. Nesse caso, a recomendação é colocar compressas quentes e secas no ouvido. "Se a dor não passar, não coloque vinagre ou coce. Procure um médico."
Cuidado extra com as lentes de contato
De acordo com o presidente da Associação Paranaense de Oftalmologia, Ezequiel Portella, não há risco em mergulhar com lentes de contato, mas é preciso manter os olhos fechados durante o mergulho e tomar cuidado com os locais contaminados. "O problema é a imprudência. Muitas pessoas mergulham em local contaminado e não descartam a lente, continuam usando", diz.
A curitibana Helena Sperandio, 28, usa lente há 10 anos, sem descuidar da higiene. "Nunca toco nos olhos e só manipulo as lentes com soro fisiológico." O médico aprova e dá mais conselhos: "Se entrar sujeira, tire imediatamente, pois os resíduos podem rasgar a lente, gerar inflamação e até comprometer a córnea, levando à cegueira."
