Papai Noel em Matinhos não chega de trenó puxado por renas. É de prancha de surfe, como convém a uma cidade litorânea. O Papai Noel surfista Rogério Szkilmyj, 27 anos, o Gordaines, estará mais gordo na véspera deste Natal, quando entregar seus presentes para as crianças na região do Rio das Onças, Sertãozinho e Tabuleiro, comunidades carentes da cidade. Porém, não é tanto a barriga de Rogério que aumentou (o apelido Gordaines vem do fato de ele ter sido gordinho quando criança) e sim o número de presentes.
Se havia 300 brinquedos em sua sacola no ano passado,quando estreou como Papai Noel radical, este ano haverá 1,3 mil brinquedos e mais 2,5 mil guloseimas.
A evolução foi graças a um planejamento maior, que começou há mais de cinco meses. "Ano passado, quando eu e meus amigos decidimos distribuir presentes, organizamos tudo na última hora, e por isso só deu para arrecadar R$ 300", diz. "Dessa vez, fui pedindo contribuições para as pessoas ao longo do ano e assim levantamos R$ 3 mil."
A iniciativa de Gordaines não tem fins lucrativos e toda a arrecadação foi revertida integralmente na boa ação natalina, avisa. "As pessoas me apoiaram ainda mais porque sabem que levamos alegria para essa molecada, sem lucrarmos nada com isso." O que leva em troca é muito mais valioso do que dinheiro. "Receber o carinho dessa molecada é muito gratificante e também é uma lição de vida. Visitamos casas bem humildes, vendo o drama de famílias que mal têm o que comer. A gente aprende a dar mais valor ao que tem."
Campeão de longboard (surf com pranchões), escrivão de cartório e turismólogo formado, Rogério Gordaines decidiu encarnar também o papel de bom velhinho inspirado no pai, Eugênio Wolodymyr Szkilmyj, que sempre ajudou os necessitados.
"Meu pai era motorista. Duas vezes por semana ele recolhia restos de frutas e verduras das feiras. Depois lavava, selecionava os alimentos e saia distribuindo de Kombi em comunidades carentes", conta Rogério, que desde pequeno acompanhava o pai nessas ações. "Tanto que, na hora de escolher os lugares em que íamos entregar os presentes, escolhi as mesmas regiões que eu visitava com o meu pai no passado."
EntregaGordaines chega nas comunidades em um carro com pranchões de surf no rack. Então bate de porta em porta nas casas ou organiza filas para entregar os presentes.
Na entrega, o surfista conta com o auxílio de amigos que fazem as vezes de ajudantes de Papai Noel. Em especial, o brother Jéferson Serafim, que também encarna o bom velhinho, dividindo o trabalho.
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