Uma das principais reclamações dos moradores de Pontal do Paraná, no Litoral do estado, continua sendo os problemas com o abandono de lixo em terrenos baldios na cidade. No Balneário São Carlos, em Praia de Leste, os moradores da rua Estado do Rio já cansaram de ligar para a prefeitura para informar sobre o acúmulo de lixo nos terrenos, mas dificilmente recebem uma resposta. A Gazeta do Povo esteve em outro balneário do município mostrando a reclamação dos moradores de Ipanema com relação ao lixo acumulado em terrenos destinados à preservação ambiental.
Em frente à casa de Angelina Mello, o lixo – deixado principalmente por veranistas – se acumula há meses. São restos de móveis, cadeiras de praia e latas de tinta que acumulam água e aumentam o medo da proliferação do mosquito da dengue na região. “Minha filha está grávida e nós estamos apavoradas com essa situação. Passo repelente, espalho cloro na calçada e estamos acendendo incenso de citronela todos os dias”, conta ela, que tenta fazer, pelo menos, a limpeza das latas acumuladas no terreno para evitar a água parada.
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Leia a matéria completaA moradora vive no local há 15 anos e conta que já falou com diversas secretarias do município para tentar resolver a situação. “É um descaso. Mandam a gente falar com um, com outro e no fim não resolvem nada”. Na rua, ainda funcionam duas creches – uma delas, de frente para um terreno cheio de água parada. “São mais de 300 crianças que estudam ai. É um perigo constante”, explica.
Conscientização
Para tentar evitar problemas na comunidade, há dois anos Angelina distribuiu panfletos educativos nas ruas do balneário, incentivando boas práticas no manejo do lixo e evitar que não se utilize terrenos baldios para o descarte de colchões, latas e móveis quebrados. Quando chove no local, a moradora afirma que o canal que passa pela região transborda e ela já tem cones e fitas em casa para isolar o local e evitar acidentes. “Eu não vivo só do meu portão para dentro. A gente precisa conscientizar os moradores para que parem com essa prática. Se o cidadão não ajudar, não tem administração que melhore”, opina.
Outro lado
O Secretário de Obras da Prefeitura de Pontal do Paraná, Murilo Camargo, afirma que o trabalho de retirada do lixo está sendo feito nos balneários de forma contínua, mas a grande quantidade de veranistas – que retornam às casas durante a temporada e descartam os móveis estragados pelo tempo – é grande.
De acordo com o secretário, dois caminhões são destinados à limpeza de terrenos durante a temporada, o que não é suficiente. “Quando limpamos um balneário, o outro já está sujo de novo”. Camargo afirma que existe a preocupação com a quantidade de água parada e estuda-se a realização de um mutirão com empresários da cidade para fazer a limpezas dos terrenos simultaneamente, além de intensificar a fiscalização e multar os moradores que fazem o descarte de materiais em áreas impróprias. “Talvez mexendo no bolso a conscientização seja mais rápida”, comenta o secretário.
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