Informações
Onde fica
Em Santa Catarina, entre Guaratuba/PR (Norte), São Francisco do Sul/SC (Sul) e Garuva/SC (Oeste).
Como chegar
De Curitiba, via BR-376, BR-101, SC-412 (em Garuva) e SC-415. Tempo estimado: 2 horas.
De Guaratuba, via PR-412, SC-412 e SC-415. Tempo estimado: 1 hora.
Como é o acesso
O trecho é todo asfaltado. Nos dois quilômetros seguintes ao Posto da Polícia Rodoviária de Coroados, em Guaratuba (km 26 da PR-412), as condições da estrada são ruins. Também há buracos nas imediações de Itapoá, bem como em algumas vias da cidade.
Chuvas
Cidade já recuperada
Itapoá foi uma das cidades atingidas pelas chuvas que caíram em novembro passado no leste catarinense. De acordo com a prefeitura e os moradores, no entanto, o município está recuperado do incidente.
Como possui muitos rios em seu entorno, o município sofreu alagamentos generalizados. Segundo a prefeitura, os casos mais graves foram registrados às margens dos rios Saí Mirim, Mendanha, Inferninho e Palmeiras. Também houve inundações nas vias que dão acesso à cidade a PR-412, que liga Guaratuba a Itapoá, chegou a ficar interditada por conta da água.
Hoje, quase dois meses depois, a cidade carrega poucas marcas das chuvas. "Em relação ao turismo, tudo já foi resolvido. Não temos mais alagamentos e as praias estão totalmente limpas. Estamos com 100% de normalidade", assegura o prefeito municipal, Ervino Sperandio.
O presidente da Associação dos Moradores, Amigos e Defensores de Itapoá, José da Silva Tomás, também garante que não há problemas para os turistas "Muita gente ajudou e se mobilizou, e os problemas foram resolvidos de imediato."
Alheia à bandeira catarinense que tremula em frente à prefeitura, a cultura que domina o balneário de Itapoá, situado entre Guaratuba (PR) e São Francisco do Sul (SC), é a paranaense. Famílias vindas de cidades como Curitiba, Londrina e Maringá formam a maioria dos moradores e veranistas do local, fazendo dele uma espécie de embaixada do Paraná no estado vizinho.
A influência já foi, inclusive, alvo de estudos do governo municipal. Há cerca de seis anos, a prefeitura fez um levantamento e identificou que 80% dos veranistas eram paranaenses . "O Paraná é a nossa grande base econômica. Por isso, eu sempre digo que a divisa com Guaratuba não nos separa, mas nos une", afirma o prefeito, Ervino Sperandio.
A presença maciça de migrantes tornou-se até estratégia comercial. São comuns os pontos comerciais batizados com nomes de cidades paranaenses, como a Imobiliária Londrina, de propriedade da família do corretor de imóveis Rogério Pizze. "Quando meu pai decidiu abrir a imobiliária, escolheu esse nome para atrair os clientes do Paraná. E deu certo: muita gente de Londrina nos encontra pela internet e vêm aqui pessoalmente porque sabem que somos de lá", conta.
Nas areias do balneário também prevalecem os "forasteiros". O empresário Cristiano Júlio, 31 anos, de Imbituva, município dos Campos Gerais, frequenta a região desde a infância. "Antes, ia pra Matinhos. Mas a praia começou a ficar suja. Já aqui, por enquanto, está tudo bonito e bem cuidado". Hoje, com a esposa e dois filhos, ele continua fiel à praia.
Atrativos
A qualidade da água é um dos maiores atrativos. De acordo com o último boletim de balneabilidade da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), órgão catarinense, três dos quatro pontos verificados na cidade estavam próprios para banho a única área imprópria fica no primeiro posto de medição, à esquerda da torre da Telesc.
Outro fator que explica a opção é a proximidade em relação à Curitiba, cerca de 150 km. No início da semana, o estudante Tiago Maximiano, 19 anos, embarcou em um ônibus na capital e em poucas horas chegou à praia, onde pôde relaxar à vontade. "Eu leio bastante e aqui é um bom lugar. O único barulho que ouço é o do mar", conta, enquanto folheia um livro.
Nos últimos anos, informa o prefeito, o número de visitantes vindos do interior de São Paulo e do Centro-Oeste cresceu bastante. Nada, contudo, capaz de silenciar o "leite quente", que já faz parte do sotaque local.
Sossego e aventura lado a lado
Com uma das costas mais extensas do sul do país, com 32 km cerca de um terço de todo o litoral do Paraná, que tem 92 km Itapoá oferece aos visitantes várias opções de lazer. O local mais procurado é a praia de Itapema do Norte, onde estão três grandes rochas naturais que embelezam a costa. A região é ideal para quem procura momentos de sossego, como a estudante de Maringá Sabrina Ferrari Alcântara, 17 anos. "Eu gosto daqui porque a praia é calma, não tem aquele tumulto típico de litoral", conta.
Tranquila nas areias, a praia é agitada no mar, o que atrai muitos surfistas. O atual vice-campeão paranaense do esporte, Caetano Vargas, 21 anos, residente em Itapoá, dá a dica: "A região da terceira pedra é a melhor opção. Eu, que viajo para vários lugares, posso dizer: é difícil encontrar boas ondas como as de Itapoá."
Outro ponto bastante visitado é a praia do Pontal da Figueira. O balneário, que fica a cerca de 20 km do centro, tem poucas ondas e oferece uma vista privilegiada das belezas da costa itapoaense. O segurança Luiz Hempkemaier, 60 anos, de Araucária, é um dos frequentadores da praia: "O sossego que eu encontro aqui é maior do que em qualquer outro lugar da cidade. Deixo minha filha brincando sozinha sem medo", conta.
Aventura e balada
Quem gosta de aventura também encontra em Itapoá um prato cheio. A poucos quilômetros do centro, na Rua 1.100 (conhecida como Rua da Celesc) fica a Reserva Volta Velha, que oferece atividades de ecoturismo, como canoagem e trilhas pela mata. O local também possui uma oca de índios Xingús, que pode ser visitada diariamente.
Quem procura diversão tem como opção a Avenida Brasil, onde se concentram os principais bares e restaurantes da cidade. A balada preferida da estudante Sabrina, por exemplo, é a casa de shows Maresia Itapoá: "Tem festas bem legais. Eu gosto de música eletrônica e de reggae, e lá sempre toca", diz.
Serviço
As atividades da Reserva Volta Velha estão disponíveis mediante agendamento.
Mais informações: (47) 8854-4780 ou www.reservavoltavelha.com.br
Maresia Itapoá: Avenida Brasil, 1001.
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