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Banho de mar

Estudo mostra perigos de praias do Paraná

A falta de conhecimento por parte dos banhistas sobre as condições naturais das praias pode aumentar o risco de afogamentos nesses locais. A constatação foi feita pelo Laboratório de Oceanografia Costeira e Geoprocessamento do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná (CEM-UFPR). O Centro está realizando, durante esta temporada de verão, o Programa Segurança nas Praias. O objetivo do projeto é informar, por meio de placas afixadas na beira-mar, onde estão os principais perigos das praias de Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e Ilha do Mel.

A primeira fase do projeto foi iniciada em 2003, com uma pesquisa que levantou o comportamento dos usuários das praias de Pontal do Paraná em relação aos perigos naturais. Na época, a constatação foi preocupante. A maioria dos freqüentadores descuidava da sua segurança. "Poucos são os que conhecem os perigos naturais e a maneira de evitá-los. Quase metade dos entrevistados não sabe nadar", revela o responsável técnico do programa, Rangel Angellotti.

A pesquisa chama a atenção dos banhistas para os riscos naturais permanentes e aqueles que mudam com freqüência. Áreas próximas ao Morro do Cristo, em Guaratuba, ao Pico de Matinhos e às pedras do lado esquerdo da Praia Mansa de Caiobá são locais que sempre oferecem perigo de afogamentos. "Devido à proximidade dos costões, as ondas escavam buracos e a incidência das correntes aumentam", explica Angellotti. Já as correntes de retorno (ou lagamares), que mudam freqüentemente, ocorrem em quase todo o litoral e também oferecem riscos (veja mais detalhes no infográfico).

O estudo ainda traz outro dado interessante. A praia de Ipanema, em Pontal do Paraná, apesar de não apresentar muitos riscos naturais, é um dos locais que registra o maior número de acidentes. Do total de 1.630 salvamentos realizados pelo Corpo de Bombeiros durante a temporada de 2004-2005, 36% ocorreram nas praias de Pontal do Paraná, sendo que a maioria (57%) foi no balneário de Ipanema. Isso mostra que, além das condições naturais da praia, as atitudes do banhista no mar são fundamentais para evitar um afogamento. "Os perigos aumentam mais com o comportamento do banhista. Onde há uma maior concentração de pessoas, o nível de risco público é maior."

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