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As meninas Tamires Andretto e Thaís Renata (à direita) vão ficar com os avós , Marta e Antônio, até o domingo | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
As meninas Tamires Andretto e Thaís Renata (à direita) vão ficar com os avós , Marta e Antônio, até o domingo| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo
  • Jean Batista, sua esposa, Dahiane, e a filha Julia voltam, enquanto Vera (frente)fica

Matinhos - Mesmo com o término do carnaval, muitos foliões vão permanecer no Litoral até o fim de semana. Para conseguir o privilégio de "esticar" o feriado, e aproveitar os últimos dias da temporada, eles recorreram a estratégias como negociar folgas com os chefes ou, no caso de estudantes, arcar com algumas faltas na escola.

É o que farão as primas Thaís Renata, 15 anos, e Tamires Andretto, 10 anos. As duas têm aula amanhã e sexta-feira, mas vão ficar em Caiobá, onde estão desde sábado, dia 21. "Não tem problema faltar aula agora, porque o ano está começando", afirma Thaís.

A decisão de permanece r foi estimulada pelo avô da dupla, o autônomo Antônio Andretto, 49 anos. "Vamos ficar até o fim de semana para fazer valer a viagem, que é longa. Ficamos quase 12 horas na estrada", conta Andretto, que mora em Assis Chateaubriand, no Oeste, a mais de 700 quilômetros do Litoral.

Para algumas famílias, a separação é inevitável, já que nem todos conseguem a folga. O técnico de dados Jean Batista da Silva, 26 anos, é um exemplo: enquanto seus pais vão ficar no Litoral , ele, a esposa e a filha, Julia, voltam hoje para Curitiba. "A pequena tem escola e está com algumas dificuldades para se adaptar à aula. Se ela faltar, a situação vai ficar mais complicada", explica a mãe, Dahiane, 23 anos.

Descanso e Ressacão

Depois dos dias intenso movimento do carnaval, quando, segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 800 mil pessoas visitaram o Litoral, grande parte dos veranistas que permanecem nas praias aproveita o resto da semana para descansar e repor as energias.

A tarefa vai ser facilitada pela queda no movimento das praias, que a partir de hoje deve ter uma população média de 300 mil pessoas – meio milhão a menos se comparada aos dias de festa.

"Prefiro a praia mais calma, sem muito agito e com o trânsito mais tranquilo", conta a dona de casa Vera Batista, 52 anos, que vai passar o resto da semana em Caiobá, na companhia do marido, João.

Quem não dispensa uma festa, contudo, poderá reviver no sábado as noites de folia. A partir das 22 horas, o Ressacão de Matinhos anima a praça central da cidade com trios elétricos. Segundo a prefeitura, são esperadas mais de 100 mil pessoas no tradicional evento, que há 14 anos reúne os foliões que querem aproveitar até o último momento.

Comércio

Para os comerciantes, o fim do carnaval representa também o encerramento do período de vendas fartas. "Depois dessa data, os comerciantes que vieram para aproveitar o verão, como os vendedores ambulantes, começam a ir embora. O Litoral passa a depender de bons fins de semana, especialmente se março for um mês de calor", explica José Carlos Chicarelli., presidente da Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Casas Noturnas, Prestadores de Serviço do Litoral Paranaense (Assindilitoral).

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