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Milhares de pessoas marcaram presença, ontem, no último pré-carnaval do bloco Garibaldis e Sacis de 2012 | Marco André Lima/ Gazeta do Povo
Milhares de pessoas marcaram presença, ontem, no último pré-carnaval do bloco Garibaldis e Sacis de 2012| Foto: Marco André Lima/ Gazeta do Povo

Foliões aprovam a segurança

Com o triste resultado do domingo anterior, a Polícia Militar aumentou o efetivo de policiais no Largo da Ordem durante a festa de ontem. Segundo a corporação, 60 policiais foram destacados para garantir a tranquilidade dos foliões. E os participantes aprovaram a segurança no evento. "Eu percebi que os policiais estão fazendo um trabalho mais preventivo, orientando quem está aqui", avalia a designer Teylla Suckow.

Da mesma forma a economista Fabiani Moreira percebeu o aumento de efetivo e se sentiu mais segura. "Na semana passada era difícil ver um policial por aqui. Hoje nós os percebemos por perto e isso inibe bastante a ação de quem veio para fazer bagunça", comenta.

Mesmo com o aumento de policiais, quem compareceu à festa acredita que o evento precisa de maior atenção pelo poder público. Na opinião do casal Marcos e Cleide Palma, uma festa com tantas pessoas precisa receber apoio de policiamento e ter serviços melhores. "Com mais estrutura, as pessoas não precisariam sair da cidade para pular carnaval", diz Marcos.

Um dos problemas apontados pelos foliões foi a falta de banheiros públicos. Alguns participantes reclamaram que tiveram de enfrentar filas para conseguir usar o serviço ou pagaram o uso do banheiro em bares. "Também precisávamos de mais lixeiras porque muita coisa fica espalhada no chão", reclama o técnico em pirotecnia Alisson Schlich­­­ting, 32 anos.

Tumulto

No final da festa, um princípio de briga fez o bloco parar com a música e pedir para que alguns foliões evitassem a violência. Ao redor do bebedouro, que fica em frente à Igreja da Ordem, um grupo de pessoas exagerou na festa e jogou água nos demais participantes. Alguns se irritaram e começou o empurra-empurra. Em três ocasiões os integrantes do bloco pediram para que os responsáveis parassem. Apesar do clima um pouco tenso, a situação foi resolvida em poucos minutos e a festa terminou sem grandes problemas.

  • O consumo de bebidas em garrafas de vidro estava proibido

A bandeira branca cobriu o Largo da Ordem, na tarde de ontem, no último pré-carnaval promovido pelo bloco Garibaldis e Sacis neste ano. Fantasias, acessórios e o sentimento dos foliões expressavam a paz e a alegria, em uma corrente para afastar as tristezas e esquecer as cenas de violência do domingo anterior, quando policiais e foliões entraram em confronto que deixou vários feridos e dúvidas sobre o local de realização do evento.

Os 7 mil participantes da festa responderam à altura o chamado dos organizadores do bloco para promover a paz e a alegria com a campanha "Vem meu amor, bandeira branca, eu peço paz". Um número expressivo de foliões levou, pelo menos, uma peça de roupa branca para apoiar a causa. O chamado foi respondido até mesmo por quem estava afastado da festa. Com vestido branco, a designer Teylla Suckow, 30 anos, não compareceu aos fins de semana anteriores por causa do excesso de pessoas. "Resolvi voltar para apoiar a causa. Mas o maior símbolo é o estado de espírito que todos devem trazer", diz.

O casal Marcos e Cleide Palma, ambos de 40 anos, confiou na segurança da polícia e no bom senso dos foliões para participarem do último pré-carnaval de Curitiba de 2012. Eles não estavam presentes na noite em que ocorreu o incidente, mas não se sentiram inseguros durante a apresentação de ontem. "Não podemos nos privar da festa", afirma Cleide.

A filha deles, Gabriela, 3 anos, era o símbolo de alegria que o casal trouxe para o Largo da Ordem. Vestida de fada, a pequena curitibana mostrava que era possível fazer uma festa tranquila depois dos últimos acontecimentos. "A maioria das pessoas que vêm para a festa é de bem. Eu frequento os bares do Largo há 25 anos e sinto que o curitibano é da paz", comenta Marcos.

Apesar das especulações sobre a retirada da festa do Centro Histórico de Curitiba, o casal acredita que o pré-carnaval precisa continuar no local. "Nós conhecemos o carnaval de Olinda, que tem ruas ainda mais estreitas. O carnaval aqui tem tudo para dar certo. Basta criar uma cultura nas pessoas", argumenta Cleide.

Incentivo à alegria

Alguns foliões também procuraram ousar e trouxeram fantasias variadas para aumentar o clima de alegria. Homens vestidos de mulher não faltaram, mas outras pessoas preferiram roupas mais discretas. A massoterapeuta Flávia de Oliveira, 19 anos, se vestiu de coelha. Mesmo animada com a festa, ela percebeu um pouco de tristeza por parte dos participantes. "Eu senti que as pessoas estão um pouco desanimadas, mas eu vim preparada para bastante alegria e para espantar esse clima de tristeza", comenta.

As amigas Fabiani Moreira, 35 anos, e Suelen Rocha, 27 anos, também perceberam que o número de foliões diminuiu em relação ao domingo em que aconteceu o confronto com os policiais. "Na semana passada eu vi muito mais famílias e crianças. Acho que o que aconteceu espantou muita gente", opina Fabiani. Mas as curitibanas não se sentiram intimidadas por causa do episódio e preferiram celebrar a paz, vestidas de branco e com bandana na cabeça.

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