clima
Tempo nublado
A temperatura no Litoral continua alta hoje. Apesar da nebulosidade, a previsão do Instituto Tecnológico Simepar é de que o tempo fique abafado. Os termômetros devem variar entre 22 e 29°C, com possibilidade de chuva no fim da tarde.
Prevenção
Siga as orientações dos bombeiros para evitar afogamentos
- Sempre nade próximo de um posto de salvamento.
- Pergunte ao guarda-vidas o melhor local para banho.
- Atenção com crianças, mesmo quando o guarda-vidas estiver por perto.
- Fale com ele somente o necessário.
- Nade longe de pedras, estacas, piers ou embarcações.
- Não beba antes do banho de mar.
- A maioria dos que se afogam sabe nadar e julga conhecer o local onde nada. Portanto, não substime os riscos no mar.
- Cuidado com valas (buracos extensos). Esses locais aparentam falsa calmaria que podem puxar mar adentro.
O Litoral paranaense atingiu recorde de movimento neste réveillon. Segundo a Polícia Militar (PM), 2,2 milhões de pessoas circularam nas praias do estado entre o fim de 2009 e o início de 2010 - número maior do que os 2 milhões de pessoas previstos pela Associação de Hotéis, Pousadas, Restaurantes, Casas Noturnas e Prestadores de Serviço do Litoral Paranaense (Assindilitoral). Os resultados comerciais também superaram as expectativas, segundo a Assindilitoral, atingindo R$ 200 milhões entre os dias 31 de dezembro e 3 de janeiro.
O pico de circulação no ano-novo e os números positivos já estavam previstos. Ainda segundo a PM, só no primeiro dia do ano, 400 mil pessoas circularam pela orla de Matinhos e Caiobá mais do que a população de Maringá, que é de 335 mil pessoas. A PM calcula que o fluxo de pessoas nas praias foi 40% maior do que o feriado de Natal.
A estimativa dos comerciantes é de que cada turista tenha gastado, em média, R$ 40 por dia desde a virada de ano até ontem. O cálculo é feito com base no número de pessoas que circularam pelo Litoral, tendo como ocupação mínima 1 milhão de pessoas por dia e o ápice de 2 milhões. Para o presidente da Assindilitoral, José Carlos Chicarelli, nunca houve situação parecida. "Até os mais pessimistas ficaram contentes com os ganhos. O comércio chegou a esvaziar prateleiras, os hotéis estavam com lotação praticamente máxima e todos os restaurantes tinham fila para entrar", conta. "Não temos do que reclamar. Foi além do esperado. Chegou até a faltar gasolina hoje (ontem) nos postos de combustíveis", diz o presidente da Associação Comercial de Matinhos, Adalto Luders.
Para Luders, os resultados são explicados pelo bom tempo não choveu o suficiente para espantar os veranistas e pela melhora no poder aquisitivo da população. A temporada mais curta, espremida pelo fim tardio das aulas e com o carnaval marcado para a metade de fevereiro, concentrou os turistas e também fez com que os gastos fossem maiores. Além disso, a proximidade com a capital é considerada como vantagem sobre as praias catarinenses. "Estamos no quintal de Curitiba, isso também colabora muito", garante.
Gastos
O funcionário público Gilson Albertoni, 52 anos, e a esposa, a bancária Marina Albertoni, alugaram com amigos e parentes uma casa em Matinhos para passar a temporada. O casal se surpreendeu com a quantidade de pessoas que encontrou no Litoral. Para tentar economizar, o casal trouxe tudo o que podia de Curitiba. Mesmo assim, não escaparam de colocar a mão no bolso. "A gente gasta muito com lanche, sorvete. Cada pessoa gasta pelo menos R$ 50 por dia aqui na praia", calcula Marina.
Para o engenheiro argentino Eduardo López, 54 anos, que há 35 escolhe as praias paranaenses como o destino de férias da família, economizar não é problema. Junto com a mulher, a advogada Celina López, 44, três filhos e o sobrinho, saíram de Posadas, capital da Província de Misiones, que faz fronteira com o Paraná, para ficar 25 dias em Caiobá. Apesar do preço considerado alto, o esforço vale a pena. "Trabalho duro ano inteiro para poder gastar aqui. Só de aluguel de barracas e cadeiras para a praia foi R$ 1 mil. São no mínimo R$ 250 para a família por dia", diz.