O calor intenso e a grande quantidade de pessoas no litoral (a estimativa da Polícia Militar é que quase dois milhões de pessoas passaram a virada de ano nas praias do Paraná) provocam falta de água em algumas regiões.

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O gerente regional da Sanepar no litoral, Romilson Gonçalves, explica o problema. "O calor intenso e o grande consumo geram um problema com a pressão da água, que baixa. Com isso, a água não consegue se deslocar pelo encanamento, ocasionando falta de água principalmente nas regiões mais afastadas dos reservatórios". Por enquanto, as regiões mais afetadas foram as de Mirin e Coroada, em Guaratuba, Gaivotas e Monções, em Matinhos, e Ipanema e Pontal do Sul, em Pontal do Paraná.

Ainda segundo Romilson, o problema com a falta de pressão costuma se normalizar durante a noite. Ainda assim, moradores de construções verticais e até sobrados podem enfrentar mais dificuldades com a água com baixa pressão e ter falta de água durante algumas horas por dia.

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A recomendação da Sanepar é que os moradores evitem gastos desnecessários, principalmente o uso de piscinas, para manter as caixas d’água abastecidas em caso de falta. "Até porque, um consumo mais baixo ajuda a regular a questão da pressão", diz Romilson.

E as reclamações não param. Na quinta-feira, foram feitas 250 solicitações ou reclamações pelo telefone da Sanepar relacionadas à falta de água no litoral. Ontem, até as 11 horas, haviam sido 52 ocorrências.

O administrador Fábio Fontoura frequenta a praia de Shangri-lá há 28 anos e nessa temporada sofreu com a falta de abastecimento da água entre a noite do dia 23 de dezembro até o dia 26. "É muito complicado ficar um período tão grande sem água, imagina o banheiro. Tivemos que pedir para tomar banho em outras casas", diz Fábio.

Segundo ele, essa é a primeira vez que que sentiu uma escassez tão grande na região. "É uma falta de planejamento muito grande. Imagina os veranistas que pagam as contas o ano inteiro e quando estão no litoral não têm água", finaliza.