Uma menina de 6 anos morreu afogada no Rio Nhundiaquara, em Morretes, na altura da Vila Santo Antônio, próximo ao centro da cidade. O local não é área de banho e, por esse motivo, não tem fiscalização de guarda-vidas, explica o relações públicas do Corpo de Bombeiros, tenente Leonardo Mendes dos Santos. A cerca de um mês do fim da temporada, este verão já registra mais mortes por afogamentos no Litoral do que no ano passado. Foram 9 nesta temporada contra 8 no ano passado.
Os bombeiros começaram as buscas pela menina que morreu afogada em Morretes por volta das volta das 17h30 do domingo (31). O corpo foi encontrado oàs 19 horas e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). O delegado de Morretes, Lauro Gritten, conta que a garota estava acompanhada dos familiares, moradores de Morretes, em um local próximo ao de onde foi encontrada. "Eles estavam em uma espécie de prainha, onde o Rio Nhundiaquara é mais raso e as pessoas da região costumam se banhar nos dias mais quentes", fala.
Gritten afirma que nesta segunda-feira (1°) vai instaurar o inquérito para investigar a morte da menina e, a partir desta terça-feira (2), inicia os interrogatórios.
AfogamentosAlém da morte da criança, o Corpo de Bombeiros registrou 60 afogamentos no último final de semana nas praias paranaenses. As altas temperaturas em torno de 30°C animaram o veranista a entrar no mar e, por muitas vezes, se descuidar e colaborarem para fechar o mês de janeiro com 519 resgates por afogamento, com cinco mortes.
Ao todo, foram nove mortes nesta temporada, que começou em 19 de dezembro. Faltando ainda três semanas para o fim, a atual temporada já teve mais vítimas fatais por afogamento no Litoral do que no ano passado, em que oito pessoas morreram afogadas.
As praias de Caiobá e de Ipanema são as que têm registrado os maiores índices de afogamento. "Um dos motivos é a maior concentração de veranistas nesses locais. Mas também são lugares em que há alto índice de buracos na areia'', diz Santos.
No ano passado, o número de afogamentos nas praias foi maior (633), mas com menos mortes: apenas duas. Em 2008, em contrapartida, foram feitos 266 salvamentos no primeiro mês do ano, com saldo de quatro mortes.
"Essa variação mostra que o mar é muito dinâmico e o veranista não pode descuidar. Os pontos de risco mudam muito de ano a ano e é preciso, além de muito cuidado, atentar-se sempre à sinalização', o relações públicas dos bombeiros.