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Volume de chuva
De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, entre quinta e sexta-feira choveu na região litorânea quase metade do esperado para todo o mês de março. Foram 115 milímetros de chuva na estação de Morretes. A média histórica para o mês é de 268 milímetros.
Abastecimento
A Sanepar informou que toda a cidade de Morretes está sem água. Em nota, a empresa informou que o sistema de tratamento foi afetado por danos na rede de energia elétrica. Equipes estão trabalhando para resolver o problema, mas não há previsão para a retomada do abastecimento.
IFPR suspende aulas em Paranaguá
Em nota enviada à imprensa, o Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Paranaguá, informou que vai suspender as aulas do período noturno nesta sexta-feira (11), por conta da chuva. A instituição declarou que a medida foi tomada visando a segurança dos alunos.
Ainda por conta da chuva, incrições para a especialização em Gestão Ambiental que se encerravam nesta sexta-feira (11) às 17 horas, serão prorrogadas até o próximo dia 16 de março.
Delegacia alagada
A chuva que provocou alagamentos em várias cidades do Litoral do Paraná atingiu também a Delegacia de Morretes. Os 21 presos que estavam na carceragem foram removidos nesta sexta-feira.
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Auxílio às vítimas
As cidades de Paranaguá e Morretes decretaram estado de emergência na tarde desta sexta-feira (11) por conta dos estragos pela chuva que cai no litoral desde a noite de quinta-feira (10) e persistiu durante todo o dia.
A situação mais crítica é a de Morretes. O Rio Marumbi transbordou durante a madrugada, o que afetou os bairros Rocio, Marta, Vila Ferroviária, Jardim América, Raia Velha e região central.
No final da tarde da sexta-feira (11), o rio Nhundiaquara também transbordou, afetando 80% da cidade, segundo o coordenador da defesa civil da cidade, Luiz Antônio Gonçalves Soares.
Confira no mapa a situação dos municípios afetados
Veja as imagens dos alagamentos no Litoral
Pelo menos 10 mil pessoas foram afetadas pela chuva em Morretes. 4.500 estão desalojadas, 200 desabrigadas e 560 residências foram danificadas.
As famílias sem abrigo (cerca de 200 pessoas) estão sendo encaminhadas para o Colégio Estadual Rocha Pombo, onde serão atendidas pela Defesa Civil. A membro da Desefa Civil de Morretes, Elaine Delay, afirmou que foi realizado em pedido para a defesa civil estadual para o envio de colchões e materiais de higiene.
Por volta das 19 horas, um caminhão com donativos chegou na cidade, mas ítens como colchões não foram enviados. A defesa municipal tenta realizar a compra no comércio da cidade e improvisou camas com cobertores. A defesa civil municipal informou que caminhões vindos de Guaratuba com donativos não conseguiram chegar na cidade por conta de quedas de barreira na estrada.
A região central, próximo à rodoviária, e a Rua XV de Novembro, estão totalmente alagadas e carros de pequeno porte não conseguem atravessar. Comerciantes da região, que foram acordados na madrugada, por volta das 4 horas da madrugada, quando a chuva foi bastante intensa, limpavam as lojas e mantinham as mercadorias erguidas.
Energia
Segundo informações da Copel, 11.066 residências estão sem energia em Morretes, Antonina e Guaraqueçaba. Segundo a Copel, técnicos da empresa estão tendo dificuldades para chegar até as áreas afetadas e realizar os reparos.
Sete equipes dos bombeiros trabalham com embarcações para fazer a retirada das pessoas afetadas. A moradora do bairro América de Cima, Maria de Lurdes Alencar, de 84 anos, teve que ser retirada às pressas de casa. Ela precisou enfrentar a água em uma cadeira de rodas após sair do hospital na região central, trazida pela neta Geania, que foi buscá-la em casa ainda de madrugada, quando a casa foi atingida.
Rocio
No bairro mais afetado de Morretes, o Rocio, os moradores saíram das casas com a água na altura do peito durante a madrugada. Na manhã desta sexta-feira(11), por volta das 9h30, moradores voltaram para salvar o que conseguiram. A casa do motorista Edson Sidival Cardoso ficou com água próximo da janela e ele conseguiu salvar poucas roupas e um colchão.
De acordo com moradores, enchentes são comuns na cidade, mas há muito tempo não atingia o município em grandes proporções. Outras cidades
Em Antonina, deslizamentos de terra atingiram casas nos bairros de Caixa d'Água e Laranjeira. Residências também ficaram alagadas no bairro de Itapema. Em Paranaguá, a região mais afetada foi o distrito de Alexandra, onde várias casas foram invadidas pela água. Casas na beira da BR 277, a cerca de oito quilômetros antes de Paranaguá, estavam totalmente cobertas pela água. Era possível enxergar somente parte do telhado.
No bairro Cubatão, em Guaratuba, a chuva também provocou alagamentos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Rio Cubatão atingiu cerca de 40 centímetros acima do nível do solo e invadiu as casas. Quatro embarcações da corporação estão prestando assistência aos moradores e outras três estão sendo deslocadas. Apesar de ter uma escola à disposição dos desabrigados, as pessoas não querem deixar suas casas.
Veja no mapa a situação de cada município
Visualizar Chuva no Litoral em um mapa maior
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