Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
trânsito

Na praia, deixe o carro em casa

Matinhos, domingo: juntas, cidades litorâneas chegaram a ter 400 mil veículos circulando no final de semana do réveillon | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Matinhos, domingo: juntas, cidades litorâneas chegaram a ter 400 mil veículos circulando no final de semana do réveillon (Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo)
Solange Bredow, engenheira química, com a filha Ana Carolina.

1 de 4

Solange Bredow, engenheira química, com a filha Ana Carolina.

Lílian Kaiser, vendedora, com a filha Ágata.

2 de 4

Lílian Kaiser, vendedora, com a filha Ágata.

Claudete Cavali, dona de casa, com a filha Bruna.

3 de 4

Claudete Cavali, dona de casa, com a filha Bruna.

Paulo Dias, arquiteto, com a namorada, Simone Bueno Vida, tecnóloga em alimentos.

4 de 4

Paulo Dias, arquiteto, com a namorada, Simone Bueno Vida, tecnóloga em alimentos.

Matinhos - Todos os anos a cena se repete. Assim que a temporada de verão chega, o trânsito nas ruas das cidades litorâneas se transforma. Nos picos de movimento, como no último fim de semana, durante o ano-novo, o fluxo de veículos em Matinhos, Gua­­ratuba, Pontal do Paraná, Para­­naguá, Antonina e Morretes chega a aumentar quase cinco vezes e meia. Entre a sexta-feira, véspera do réveillon, e o último do­­mingo, o tráfego nessas seis cidades passou de aproximadamente 73 mil (conforme o cadastro do Detran) para 400 mil (estimativa da Polícia Militar).

Com tantos carros circulando, o resultado é algo próximo do caos: filas imensas, estacionamento em local proibido e demora nos serviços públicos essenciais – como coleta de lixo e atendimento de ocorrências policiais e médicas – por causa dos engarrafamentos. "Dependendo do fluxo de veículos, do local da ocorrência e de onde a viatura está, o atendimento pode demorar de 5 a 15 minutos a mais, isso numa previsão otimista. E para quem espera, um minuto a mais parece uma hora", afirma o comandante da Polícia Militar na Operação Verão, coronel José Flávio Correa.

Uma solução encontrada pela PM para tentar escapar do trânsito nas praias é policiamento com motocicletas. Além de darem mais agilidade, as motos também abrem espaço para viaturas policiais e ambulâncias do Siate. A alternativa, no entanto, depende da colaboração do veranista. "Envolve uma mudança de cultura. O veranista deve usar o carro com critério, apenas em caso de necessidade, como estar em um balneário distante ou precisar levar um parente idoso a algum lugar. Nos outros casos, é preciso evitar o carro", orienta.

Descentralização

Para os comerciantes, ter tantos carros na rua não é exatamente má notícia, já que a circulação seria sinônimo de que os pontos comerciais estão atendendo à demanda. Mas para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Matinhos (Acima), Adalto Mendes Luders, a alternativa para não espantar a clientela e garantir melhor circulação na temporada é descentralizar o comércio, já que muitos veranistas têm de se deslocar de suas localidades para fazer compras e pagar contas no centro (leia mais).

Ele cita o exemplo de Pontal do Paraná, que possui um centro comercial mais descentralizado, com quatro balneários com infra-estrutura satisfatória para atender os veranistas: Praia de Leste, Shangri-la, Pontal do Sul e Ipa­­nema. "Em Matinhos, todo o co­­mér­­cio está na região central. Também seria o caso de melhorar o sistema de transporte coletivo durante a temporada, já que, se a pessoa morar longe e o serviço não for bom, ela não vai abrir mão do carro, com todo o conforto e segurança. Colocar mais ônibus em circulação e até vias exclusivas ajudaria muito", complementa.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.