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Não desgrude os olhos das crianças na praia

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(Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo)
Antonio de França levou os quatro filhos para pôr a pulseira: bracelete facilita a identificação |

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Antonio de França levou os quatro filhos para pôr a pulseira: bracelete facilita a identificação

Ao longo de toda a temporada, os pais têm de ficar atentos aos filhos na praia. Mas a proximidade do réveillon faz com que a precaução seja redobrada, já que o número de pessoas circulando pela orla será muito acima do normal, o que aumenta a possibilidade de as crianças se perderem da família.

Para evitar que isso aconteça, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) estão distribuindo 100 mil pulseirinhas de identificação nos 105 postos de guarda-vidas e nos três postos policiais em Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná. Do começo da temporada, em 11 de dezembro, até ontem, foram registrados 36 casos de crianças perdidas – média de dois por dia.

O capitão Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas dos bombeiros, orienta os pais a colocarem a pulseira nas crianças antes de ir à praia. Entretanto, mesmo com o utensílio, os pais devem manter toda a atenção nos filhos. "A pulseirinha não tira a responsabilidade dos pais, até porque ela não garante que a criança seja entregue com segurança", alerta Santos.Tanto que o capitão considera alto para o início da temporada o número de ocorrências.

Na temporada passada, foram registrados 360 casos de crianças perdidas nas praias. Mas, aponta o capitão Santos, esse número tende a ser maior, já que muitos casos nem chegam a ser registrados porque o próprio bracelete dá a possibilidade de qualquer pessoa entrar em contato com os pais da criança.

Causas

A maioria dos casos de crianças perdidas acontece em trajetos curtos, com os filhos se perdendo a poucos metros dos pais. "Apesar da proximidade, elas não conseguem ver os pais pela quantidade de pessoas que está na areia", explica o capitão Santos.

Para que isso não aconteça, o ideal é marcar um ponto de referência, caso ela se perca. Mas deve-se ter cuidado. Os pais não podem escolher como referência um ponto móvel, como um guarda-sol ou o carrinho de um vendedor ambulante. "O correto é utilizar construções, como prédios ou estabelecimentos comerciais, como referência para se encontrar", afirma Santos.

O empresário Antonio Cân­dido de França, 46 anos, de Ita­peruçu, região metropolitana de Curitiba, é um dos pais que já tomou esse cuidado. Ele foi com os quatro filhos – Letícia, de 6 anos, Pedro Henrique, de 4, Ca­­mila, de 5, e Renan Miguel de 2 anos – para pegar as pulseiras no posto da PM em Matinhos. "A pulseirinha dá uma tranquilidade maior, mas mesmo assim continuo o tempo todo de olho neles", reforça.

O mecânico Manoel Fernando Gomes Assis, 27 anos, de Curitiba, também aproveitou o passeio para pôr a pulseirinha no sobrinho João Pedro, de 6 anos. "Usando a pulseira é mais seguro, mas não desgrudo o olho dele, que está sob minha responsabilidade", afirma o mecânico.

Serviço:

Quem encontrar uma criança perdida na praia, deve ligar para o telefone escrito na pulseirinha ou encaminhá-la ao posto policial ou de guarda-vidas mais próximo. Outra possibilidade é acionar a PM pelo telefone 190 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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