Guia
A pedagoga Roberta Ravaglio Gagno sugere algumas brincadeiras para envolver os pais e também atrair novos amiguinhos:
Pega-pega
Um é escolhido para ser mãe e deve correr atrás dos outros participantes até tocar alguém, que será o próximo pegador. Uma variação da brincadeira é quando ao pegar alguém, a dupla sai de mão dada em busca de novas pessoas, até todos formarem uma corrente. Ao realizar essa brincadeira, é preciso estar atento para que nenhuma das crianças se perca.
Mímica
Escolher um tema, como animais, por exemplo. Imitar o animal escolhido até que alguém decifre. Quem decifra é o próximo a imitar.
Lenço atrás
Consiste em uma roda com uma pessoa por fora com um lenço na mão que deve discretamente ser deixado atrás de uma das pessoas sentadas na roda. Esta ao perceber que o lenço foi deixado nas suas costas deve pegá-lo e correr atrás do que deixou, que para não ser pego precisa sentar no lugar daquele que ele colocou o lenço. Na praia pode ser substituído por um protetor solar ou outro objeto.
O verão é a estação preferida de muitas crianças. É nesta época que os pequenos tendem a deixar mais de lado os gadgets eletrônicos para se divertir ao livre.
"Sempre trago as crianças para brincar na praia e não trago o videogame de propósito, que é para eles aproveitarem brincadeiras mais saudáveis", conta Kelly Waleski, de 36 anos.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostra que a atitude da mãe de Maria Eduarda está certa. Brincar apenas na frente do computador ou com outros eletrônicos pode trazer uma série de problemas. Entre os mais perigosos está o sedentarismo, que acaba desencadeando problemas que, antigamente, eram exclusividade de pessoas mais idosas, como diabetes e pressão alta, além de problemas de coluna.
"Eu prefiro videogame, mas gosto de fazer castelinho na areia, agora a gente vai construir um em cima do caminhãozinho", conta a filha de Kelly, Maria Eduarda, de 6 anos.
A brincadeira que parece simples pode significar muito para a formação da criança. "Como esse contato com os pais é cada vez mais raro, o principal é a relação de amor, de segurança que gera nas crianças e que se transforma em autoestima", analisa a psicóloga Priscila Badotti.
Na praia, as filhas de Marcella Donabella, de 33 anos, mal se lembram dos eletrônicos. "Gosto de brincar com a prancha, com os jogos que a minha mãe trouxe e de fazer pulseirinha de elástico", diz Luísa Donnabella, de 8 anos.
"Na praia ninguém dá um celular para a criança porque vai cair na areia e estragar, então a relação com a natureza fica mais evidente. Caminhar na beira da água, catando conchinhas, resgatar as brincadeiras da infância para brincar com os filhos são atitudes que trazem efeitos positivos", sugere a psicóloga.
No fim do dia, quando chega a hora de ir embora, as crianças ainda têm energia para brincar com bonecas e jogos de tabuleiro. "A questão da interação, dividir o brinquedo, tudo isso traz humanização da criança. É um processo de aprendizagem que auxilia no desenvolvimento do espírito crítico e humanitário", explica a professora de Jogos e Recreação do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Jucélia de Lima.
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