Passeio exige cuidado e preparo físico
Frequentar lugares inóspitos requer atenção. A professora de educação física da Academia Gustavo Borges Camila Rissardi recomenda, antes da jornada, que a pessoa saiba como é o trajeto para fazer um treinamento. Na preparação, ela sugere algumas caminhadas e em locais planos e inclinados, para o fortalecimento muscular. "A pessoa pode fazer o treinamento com uma mochila para se acostumar com o peso que vai levar na caminhada", orienta.
Camila também lembra aos aventureiros para carregarem itens básicos: água, alimentos (frutas e chocolates), protetor solar e repelente. "É importante o uso de roupas leves e calçados reforçados para evitar ferimentos."
Na hora do banho de rio, o Corpo de Bombeiros recomenda que os turistas entrem na água acompanhados de pessoas que conheçam o local e saibam nadar. Outro conselho é levar algum equipamento que sirva como boia para possíveis salvamentos. Casos de incidentes nas águas devem ser reportados diretamente ao bombeiros pelo telefone 193.
Recantos
Veja outras dicas de cachoeiras e quedas-dágua para explorar no Litoral do Paraná:
Cachoeiras da Ilha da Eufrasina
O local é um distrito de Paranaguá, dentro da Baía de Paranaguá. O acesso feito por barco demora aproximadamente 15 minutos. Na região há uma série de cascatas, pouco exploradas. Os caminhos até elas também são feitos por trilhas em mata fechada, com cerca de 20 minutos de caminhada. Para visitá-las, é necessário ajuda de moradores locais. Mais informações com a Fundação de Turismo de Paranaguá: (41) 3422-6290 ou www.fumtur.com.br.
Salto do Macaco
Localizado em Morretes, no distrito de Porto de Cima, é conhecido por aventureiros que gostam de caminhar bastante. O percurso de 2h30 de caminhada pela mata fechada corta alguns cursos dágua, entre eles o Rio Nhundiaquara. A trilha deve ser feita em grupo, para evitar problemas com acidentes. Em alguns trechos o rio é fundo, portanto não é aconselhável o banho. Mais informações com a Secretaria de Turismo de Morretes: (41) 3462-1266 ou www.facebook.com/morretessetur.
Escondidas na Mata Atlântica, com acessos difíceis e cenários exuberantes, as cachoeiras estão espalhadas pelo Litoral do Paraná. Algumas fazem parte de roteiros já conhecidos, mas muitas passam despercebidas pelos veranistas que frequentam as cidades litorâneas durante a temporada de verão.
Os cenários oferecem ao turista uma opção diferente do tradicional banho de mar. Para chegar até elas é necessário preparo físico, muita água, repelente e a ajuda de moradores da região, que cresceram perto desses paraísos pouco explorados. Nesses locais não há guias para conduzir os visitantes, o que facilita a interação dos turistas com habitantes locais.
Para se aventurar
Na divisa dos municípios de Matinhos e Guaratuba, o Salto do Tigre é uma opção para quem quer se aventurar. O trajeto, saindo do centro de Matinhos de carro pela PR-508, é de cerca de 10 minutos. Ao chegar a uma estrada vicinal, no quilômetro 21, o turista entra em uma trilha de mata fechada, sem vizinhança por perto, o que possibilita momentos de tranquilidade.
O trajeto pode enganar o aventureiro de primeira viagem. Os irmãos Adeílson Alves de Souza e Jonathan Araújo de Lima, moradores de Matinhos que frequentam o local há três anos, recomendam que os veranistas cheguem à cachoeira acompanhados por pessoas que conhecem o local. "No caminho há várias bifurcações e o barulho do rio pode confundir a pessoa", alerta Souza.
A cachoeira ainda é pouco conhecida. Além das quedas-dágua, as pedras formam piscinas naturais. Mas os visitantes nem sempre mantêm o local preservado. O vendedor Daniel Ferreira Leonel, 40 anos, morador de Matinhos, reclama das pessoas que vêm conhecer o local e deixam lixo na mata e no rio. "As pessoas precisam se conscientizar para manter o lugar limpo porque ninguém vai vir até aqui tirar a sujeira deles", diz.
Piquenique
Também pela PR-508 (quilômetro 6), próximo à BR-277, o turista encontra, depois de 20 minutos de carro por uma estrada de terra, a Cachoeira da Quintilha, queda- dágua de 40 metros formada pelo Rio Brejatuba. Localizada no município de Paranaguá, faz parte do Parque Nacional Saint Hilaire/Lange.
O recanto é ideal para quem quer passar o dia com a família em um agradável piquenique ou churrasco. Pela primeira vez na cachoeira, o vendedor de Curitiba Luiz Carlos Siqueira veio a pedido do neto, Eduardo Siqueira, que queria conhecer uma cachoeira. O avô, entretanto, também curtiu o sossego. "É bem melhor do que ir a uma praia agitada."
Com água limpa, as cascatas do Rio Brejatuba também são frequentadas por quem gosta de pescar nas horas vagas. O analista de treinamento João Edson de Andrade e o administrador André Maurício Asinelli, de Curitiba, souberam pelos amigos da existência da cachoeira e decidiram explorar o local para praticar pesca. "Queremos conhecer outras quedas-dágua para curtir, além dessa", disse Andrade. Para entrar e conhecer a cachoeira, o visitante paga R$ 2.
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