O pescador Irineu Ribeiro, 45 anos, foi atacado por um jacaré na Ilha do Mel, Litoral no Paraná, no dia 4 de fevereiro. O resultado foi uma mordida na perna e 42 pontos no local. Ele recebeu atendimento médico em Paranaguá e voltou para casa. Quatro dias depois veio a surpresa. Segundo o pescador, um dente do jacaré havia ficado dentro da perna.
"O médico que me atendeu deu uma limpada meia-boca no machucado e fechou o corte sem examinar se dentro tinha um corpo estranho", afirma Ribeiro. O pescador foi atendido no Hospital Regional de Paranaguá e liberado logo em seguida. Ele diz que com o tempo a perna mordida continuava doendo e inchada.
O quadro fez com que ele procurasse novamente o hospital. "A perna estava necrosando e tive que fazer cirurgia. A médica que me atendeu disse que se eu demorasse mais dois dias, teria que amputar a perna", conta. Desde então, ele recebe ajuda diária de uma enfermeira da Ilha do Mel para limpar o ferimento com um gel especial.
Atendimento prestado
De acordo com o diretor-geral do Hospital Regional de Paranaguá, José Eduardo Farah, o pescador recebeu todos os atendimentos devidos por parte do hospital e de sua equipe. Porém, disse que "não poderia afirmar" que, de fato, foi retirado corpo estranho de dentro do machucado. Ele explicou também que a inflamação no local foi ocasionada pelo porte da mordida, e não por um corpo estranho ter sido esquecido na pele. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou o posicionamento do hospital, de que não houve negligência.
Ribeiro reclama ainda de não ter recebido um medicamento para auxiliar na cicatrização do ferimento. Segundo o diretor-geral do Hospital, foi feito um acordo junto com a administradora da Ilha do Mel, Susi Albino, para que o pescador tivesse acesso aoprocedimento três vezes por semana. A administradora confirma a informação."Ele foi solícito e me atendeu prontamente, mas hoje (sábado), ao chegar no local,recebeu somente um curativo normal, sendo que teve de se deslocar até lá, o que é mais complicado para quem mora na Ilha".
José Eduardo Farah informou que a enfermeira-chefe do hospital responsável pelo armazenamento do produto (por ser um material de UTI, deve ser guardado em recipiente específico), teve de se ausentar do trabalho, pois um de seus familiares faleceu. "Como foi repentinamente, não tivemos tempo de avisá-lo para não vir", contou o diretor.
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