Menina morre afogada em rio
Uma menina de 6 anos morreu afogada domingo, no Rio Nhundiaquara, em Morretes, próximo ao centro da cidade. O local não é área de banho e por isso não tem guarda-vidas. Além da morte da criança, os Bombeiros fizeram 60 salvamentos no último final de semana nas praias. Janeiro termina com 519 resgates por afogamento e cinco mortes.
A três semanas do fim da temporada, este verão já registra mais mortes por afogamentos no Litoral do que a temporada passada: nove contra oito.
Adriana Brum
Prevenção
Veja orientações dos Bombeiros para evitar afogamentos:
> Na praia, procure sempre nadar próximo de um posto de guarda-vidas.
> Pergunte ao guarda-vidas o melhor local para banho.
> Atenção com crianças, mesmo quando o guarda-vidas estiver por perto.
> Nade longe de pedras, estacas, piers ou embarcações.
> Evite ingerir bebidas alcoólicas antes do banho de mar.
> Fale com o guarda-vidas somente o necessário.
> A maioria dos que se afogam sabem nadar e julgam conhecer o local onde nadam. Não substime os riscos no mar.
> Cuidado com valas (buracos extensos). Esses locais aparentam falsa calmaria que podem puxar mar adentro.
Matinhos - O veranista que for às praias a partir desta semana vai se deparar com bandeiras diferentes na orla. Trata-se do novo sistema de sinalização do Corpo de Bombeiros para indicar pontos seguros e inseguros de banho, o qual já vinha sendo testado em alguns balneários desde o começo da temporada. As bandeiras são usadas para delimitar a área vigiada pelos guarda-vidas e informar as condições do mar por meio de cores.
O relações-públicas dos Bombeiros, tenente Leonardo Mendes dos Santos, explica que a nova sinalização segue padrões internacionais. E o objetivo é justamente de criar um padrão nas praias brasileiras, para que os banhistas de outros estados e mesmo de outros países não tenham problemas na identificação das orientações. "Serve também para que os veranistas daqui passem a se adequar à nova situação e não tenham problemas em outros lugares, já que essas novas bandeiras são uma ferramenta muito importante para se evitar afogamentos", explica o tenente.
E a mudança vem em bom momento: antes do feriado de Carnaval, período que, junto com o ano-novo, é o que mais demanda trabalho dos guarda-vidas pelo perfil dos banhistas: jovens do sexo masculino, desacompanhados dos pais, que muitas vezes sabem nadar, mas mesmo assim substimam os riscos do mar, e que costumam ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar na água. No Carnaval do ano passado, foram 102 salvamentos e só na última véspera de ano-novo foram 80. "Esperamos que, conforme o tempo vá passando, as pessoas identifiquem e entendam as novas bandeiras, e, assim, consigamos diminuir os afogamentos", afirma o tenente Santos.
Identificação
O tenente Santos explica que o banhista deve observar se no local está estendida a bandeira com a cor vermelha sobre a amarela, que significa que o local é acompanhado por guarda-vidas.
Em frente aos postos de guarda-vidas também haverá bandeiras indicando as condições do mar. Se for verde,
o banhista pode aproveitar o local sem problemas. Se for amarela, é preciso atenção. Se for vermelha, a área está perigosa, mesmo para nadadores experientes. Já se forem duas bandeiras vermelhas, a área está interditada. "Todas as manhãs, os guarda-vidas fazem o reconhecimento dessas áreas e levam em consideração vários fatores, como as correntes, que não são visíveis da areia", conta o tenente Santos.
A estudante de Pedagogia Carina Cecon e o namorado, o estudante de Administração Derison Latola, ambos de 21 anos, passeavam pela Praia Brava de Caiobá acompanhados pelo pai de Carina, o administrador Marcos Cecon, 45. Eles já haviam visto as bandeiras, mas só ficaram sabendo do significado de cada cor ontem. "É interessante ver essa preocupação. E não é algo muito difícil. É meio intuitivo", diz Marcos.
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