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Praias também proporcionam pausa educativa

Leôncio Gutierrez com a esposa Maria Eliane, o filho Yul Ian e o amigo Jhonatan Pereira: museus são diversão de verão | Fotos: Marcos André Lima / Gazeta do Povo
Leôncio Gutierrez com a esposa Maria Eliane, o filho Yul Ian e o amigo Jhonatan Pereira: museus são diversão de verão (Foto: Fotos: Marcos André Lima / Gazeta do Povo)
Detalhe das peças do museu catarinense: história da pesca no Litoral |

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Detalhe das peças do museu catarinense: história da pesca no Litoral

A combinação de sol, mar e areia é suficiente para manter a criançada entretida. Mas as férias também são uma ótima oportunidade para aprender coisas novas de maneira natural e divertida, longe da sala de aula. Os pais devem criar roteiros que vão além das brincadeiras na areia, como passeios por museus, parques e locais de área verde que promovam o contato com o meio ambiente e a cultura local. "Uma simples caminhada na beira-mar pode revelar curiosidades interessantes sobre pequenos animais que vivem nas areias", afirma o professor de Biologia da rede de escolas Positivo Cassiano Calluf, que é pai de de Caio Augusto, de nove anos, Sophia, de cinco e Antonella, de um ano e meio.

Cassiano aproveita a descontração da praia nas férias e as perguntas dos filhos para ensiná-los. A dúvida mais recente de Caio foi sobre o motivo de as tatuíras se esconderem na areia da praia. Com a calma de pai e o conhecimento de professor, ele explicou ao filho que os pequenos crustáceos fazem buraquinhos na areia para chegar até o mar. "Uma pergunta vai levando à outra e o passeio se torna uma aula ao ar livre", diz ele. Mas, não é preciso ser professor e dominar um assunto para promover atividades diferentes nas férias.

"Porquês"

Quem tem filhos de três até cinco anos sabe que, na maioria das vezes, o ponto de partida para um mundo cheio de novidades a serem descobertas costuma ser os tradicionais "porquês", que acompanham as crianças durante boa parte da infância. Abundantes, inusitadas e incrivelmente diretas, algumas perguntas exigem jogo de cintura dos pais.

Dona de uma boneca sereia, Carolina, de três anos e seis meses, questionou a mãe sobre a existência dos seres mitológicos assim que chegou à Praia Mansa, em Caiobá. "Enquanto ela brincava com a boneca eu a ouvi falando sozinha que as sereias moram no mar. Tempo depois ela veio me perguntar se as sereias existiam mesmo. Eu disse que as sereias não são reais e só existem nas histórias", contou Sirlei Galvão.

"Falar sempre a verdade, levando em conta a capacidade de entendimento de cada idade, ajuda a criança no processo de aprendizagem, independentemente do tamanho da criança", recomenda Regina Pick, psicóloga e psicopedagoga.

Segundo Regina, a fase em que a curiosidade está mais aguçada ocorre entre os três e quatro anos, quando a criança está descobrindo o mundo ao seu redor. Isso não impede, porém, que as perguntas se estendam após essa idade. "Tudo vai de­­pen­­der de como os pais lidam com os questionamentos. Se a criança perguntou e teve uma resposta satisfatória, ela vai con­­tinuar buscando nos pais as respostas para as suas dúvidas", afirma a psicóloga, recomendando que, na medida do possível, as perguntas nunca fiquem sem respostas.

Museus são opção para aprender brincando

Quem passa as férias no Litoral paranaense tem à disposição algumas opções de museus para conhecer. No centro histórico, o Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá, que pertence à Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem um acervo de mais de 25 mil peças que revelam o modo de vida das populações indígenas que habitaram a região. Também em Paranaguá, o Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá traz peças que retratam diversos momentos da história do estado com destaque para peças de mobiliário dos séculos 17 e 18.

Em São Francisco do Sul, já em Santa Catarina e a aproximadamente 130 quilômetros do Litoral do Paraná, a grande atração é o Museu Nacional do Mar. Com cerca de 10 mil metros quadrados, o museu proporciona uma viagem pelo mundo das navegações com réplicas de todos os tamanhos de canoas, caravelas, barcos, jangadas e navios.

Aniversário

Em São Francisco do Sul, acompanhado dos pais Leôncio e Maria Eliane Gutierrez, Yul Ian Gutierrez, de 10 anos, e o amigo Jhonatan Drozdek Pereira, de nove anos, conheceram o Museu Nacional do Mar. Apesar da pouca idade, Yul Ian adora visitar museus. O pai é peruano e nas visitas à família paterna, em Lima, ele já conheceu vários museus que retratam a história e o modo de vida das populações do país. "Gostei muito do Complexo Arqueológico de Cuzco e também Machu Picchu, é claro", disse ele. Apreciador de lendas, o menino aproveitou para explorar os espaços do museu que tratam das histórias lendárias envolvendo a grande aventura do homem pelos mares, desde a época das grandes navegações.

Serviço:

Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. De segunda à sexta das 9 h às 17h30. Sábado e domingo às 10 h às 13 h. Telefone: (41) 3423-2892.

Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá. De terça-feira à sexta-feira, das 9h30 às 12 h e das 13 h às 18 h. Sábado e domingo das 12 h às 18 h. Telefone: (41) 3423-2511 / (41) 3427-4336.

Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul (SC). De terça a domingo, das 10 h às 18 h. Telefone: (47) 3444-1868 e (47) 3444-2612.

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