A previsão do Corpo de Bombeiros é de que os salvamentos de afogamentos tripliquem no Litoral no carnaval. Segundo o tenente Leonardo Mendes dos Santos, relações-públicas da corporação, a expectativa é de que os casos saltem de 30 (média de um domingo de sol) para 90 salvamentos por dia.
O motivo é a mudança do perfil do público, cuja maioria passa a ser de jovens do sexo masculino, desacompanhados dos pais ou responsáveis e que ingerem bebidas alcoólicas. "Sem a família por perto, esses jovens tendem a ser mais imprudentes", explica o tenente. Esses jovens também costumam nadar longe dos guarda-vidas, para que não sejam repreendidos por estarem embriagados ou por se arriscarem.
O tenente enfatiza que o mais perigoso é o fato de ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar no mar. Essa combinação é perigosa, já que o álcool no organismo pode causar câimbras e ânsia de vômito, o que dificulta os movimentos na água. "Quem bebe perde a percepção do perigo, por isso se arrisca mais", afirma o tenente.
Outro risco das pessoas alcoolizadas na praia, ressalta Santos, é a falsa sensação de que dar um mergulho no mar pode aliviar os sintomas da embriaguez. "Isso é muito perigoso, pois quem bebe tem a capacidade de reação diminuída", alerta o relações-públicas dos bombeiros. Ou seja, caso uma onda derrube a pessoa ou ela caia em um buraco, o tempo para que consiga se levantar será maior, o que aumenta o risco de afogamento.
Outro alerta feito pelos bombeiros diz respeito a quem costuma dar um mergulho no mar à noite após beber. Neste caso, o perigo é ainda maior, já que os guarda-vidas não estão mais na areia ficam até as 19 horas. "Nesse caso será preciso acionar os guarda-vidas nos quartéis. E pode não haver tempo suficiente", afirma o tenente.
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