Uma simples moeda de R$ 1 pode ser o início do planejamento financeiro para a próxima temporada no Litoral. Levantamento da Paraná Pesquisas feito para a Gazeta do Povo nas praias entre os dias 28 e 31 de janeiro mostra que a maioria dos veranistas gasta entre R$ 31 e R$ 50 por dia (quase 30%) e passa em média uma semana no Litoral (quase 32%). Com esse perfil, levando-se em conta o valor de R$ 50 por dia exceto despesas extras e emergências , cada veranista precisaria guardar R$ 350 para passar sete dias no Litoral. Ou seja, quase R$ 30 por mês ou R$ 1 por dia.
Juntar esse valor não é difícil. Basta ter disciplina, enfatizam os especialistas em finanças pessoais. Como a atual temporada está próxima do fim, já é hora de começar o planejamento para o próximo verão, com depósitos mensais na conta poupança ou mesmo com a engorda diária do porquinho de moedas. Afinal, enfatizam os especialistas, falta de planejamento e de controle de gastos pode se tornar uma bomba na fatura do cartão de crédito. "O ideal é fazer uma reserva mensal", recomenda o economista Samir Bazzi, professor de Administração Financeira do FAE Centro Universitário. "Da renda de um casal, por exemplo, devem ser poupados 10% ao mês para custear uma temporada sem apertos", sugere.
O casal maringaense Jair e Lúcia Cortez, de 51 e 45 anos, combinou já na metade de 2010 passar dez dias em Matinhos com os três filhos e outros parentes, mas não fez o planejamento. Dessa forma, os dois já cogitam a possibilidade de estourar o limite do cheque especial. "Na volta vamos ter que reequilibrar as coisas, pagando as contas normais e, com o que sobra, cobrir o limite", explica Jair.Os gastos na areia são os mais sentidos pela família. Principalmente pelos pedidos dos filhos, as gêmeas Yohana e Suzana, de 15 anos, e Eduardo, de 13. "Em um dia, chegamos a gartar R$ 50 brincando em milho, sorvete e tudo o mais". Por isso o casal tenta conter algumas despesas. "Como alugamos um apartamento, compramos os alimentos no mercado e preparamos em casa", ressalta Jair atitude correta, já que comer em restaurantes pode encarecer a alimentação em até 50%.
Para esses casos, a recomendação é orientar os filhos. "A criança precisa aprender que dinheiro não é elástico. Ela tem de saber que os seus gastos causam impacto para todos", explica Bazzi.