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Trabalho de verão

Temporada sem sombra nem água fresca

Sybilla fechou contrato com duas colônias de férias: renda duplicada no verão | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Sybilla fechou contrato com duas colônias de férias: renda duplicada no verão (Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo)

Verão remete a descanso em lugares paradisíacos, muita sombra e água fresca. Mas essa realidade é não é para todos. É na estação mais quente do ano que profissionais de educação física, por exemplo, precisam se desdobrar para aproveitar o "boom" de atividades esportivas e recreativas e aumentar seus rendimentos.

É o caso da professora de educação física Sybilla Pugsley, que duplica seus rendimentos no verão e diz fazer isso há 13 anos, desde que se formou pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). "A gente acaba acostumando com a ideia de que vai trabalhar no momento de férias dos outros", afirma.

Para este verão, Sybilla já fechou contratos com duas colônias de férias. Folga? Apenas nas datas comemorativas. "Consigo passar o Natal e a virada do ano com a família", diz a curitibana de 36 anos, que é professora efetiva de uma escola de dança da capital paranaense.

Marcos Ruiz comanda uma empresa de terceirização de profissionais, especialmente de professores de educação física, e garante que essa época do ano é como uma "galinha dos ovos de ouro" para o setor. "Nosso movimento aumenta 100%. Já temos quatro colônias de férias para este verão e os profissionais costumam receber de R$ 10 a R$ 15 por hora", diz.

Além das colônias de férias, Ruiz cita as festas corporativas como outro filão para esta época do ano. "Há muitas empresas que fazem festas de fim de ano e precisam de profissionais de educação física para comandar atividades recreativas", diz o empresário, antes de fazer uma ressalva. "Mas é difícil encontrar profissionais com especialização. Um bom professor de academia, por exemplo, pode não ter o traquejo para comandar uma colônia de férias, na qual o público não está acostumado com atividades físicas."

Projeto estadual

O governo do estado também colabora para o aumento da demanda por profissionais ligados ao mercado fitness. Neste ano, pelo menos 50 acadêmicos de Educação Física vão trabalhar em 15 municípios da Região Oeste no Projeto Verão Paraná. "Teremos um calendário de eventos, com vôlei de praia, futebol sete e de areia, futevôlei, bocha de areia e atividades aquáticas, como a canoagem em cidades que têm praia artificial", explica Mauro Cachel, coordenador do projeto na Secretaria Estadual do Esporte.

Bianca Ferreira Ramos, 21 anos, será uma das monitoras do projeto na praia artificial de Porto Mendes, em Marechal Cândido Rondon e comemora a oportunidade. "Estou no quarto ano do curso e é uma oportunidade muito boa para o meu futuro na profissão. Além disso, dá para ganhar um extra", diz.

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