Dicas
Veja o que não pode faltar na bagagem e o que deve ficar em casa:
> Repelente e guarda-chuva são itens obrigatórios. O clima é quente e úmido e os mosquitos não perdoam. Protetor solar, boné, roupa de banho e calçados para trilhas também são importantes.
> Leve dinheiro. Poucos estabelecimentos comerciais aceitam cartão de crédito e débito e há poucas agências bancárias na cidade. Calcule gastos com a hospedagem, alimentação e passeios de barco.
> Quem usa medicamentos deve se preocupar em levar dose extra. Farmácia, só no Centro da cidade.
> Não traga muitos equipamentos eletrônicos, poucos serão realmente úteis. Em alguns locais nem os celulares funcionam. Internet sem fio, então, nem pensar. Mas não é preciso se desesperar. Na praça central há uma lan house, a única, que cobra R$ 2 a hora.
Guaraqueçaba - A dificuldade de acesso e as mais de três horas de viagem serra (ou baía) adentro fazem de Guaraqueçaba o mais sereno e tranquilo dos sete municípios litorâneos. Depois de tanto esforço para chegar, porém, a recompensa está por todos os lados: são aproximadamente 2 mil quilômetros quadrados de manguezais, restingas e Mata Atlântica, quase tudo intocado pelo homem.Se a vegetação pouco explorada impressiona, o cenário urbano não deixa por menos, a começar pelo desembarque nos trapiches coloridos de tantos barcos. Da praça central tem-se a melhor vista da cidade que quer para si o título de primeira vila do estado: à frente, a Baía de Guaraqueçaba; atrás, a praça central, que concentra construções com um quê de século 19.
Os portugueses chegaram à Ilha de Superagui em 1545. Ilhas, aliás, não faltam: pelo menos cinco pertencem a Guaraqueçaba. As duas mais conhecidas são a de Superagui e a das Peças, que podem ser visitadas partindo da sede do município. Para os turistas, a maior atração está em fugir do agito típico da temporada, aproveitar o ecoturismo e conhecer mais de perto a cultura caiçara em peças de artesanato ou até mesmo em uma noitada de fandango.
Quer mais? A equipe conheceu as principais atrações da sede do município e um pouco da história das cerca de 8 mil pessoas que moram por lá. Conheça você também.
Serviço:
Acesso rodoviário distante 174 quilômetros de Curitiba. Indo pela BR-277, seguindo pela PR-408 no sentido de Morretes e Antonina. Depois é só pegar a PR-340 até Cacatu e seguir pela PR-405, trecho não asfaltado. Ônibus diário pela Viação Graciosa.
Acesso marítimo barcos a partir de Paranaguá: diariamente às 9 e 13 horas, R$ 10. Friends I e II: diariamente às 9h, R$ 15 (41) 8433-3725. As duas opções de barcos saem da Rua da Praia, s/n. A travessia dura em média três horas.
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Como chegar (foto 1)
O acesso pelo mar já é um atrativo à parte. Isso porque durante o trajeto é possível se encantar com a paisagem dos manguezais e ilhas da Baía de Paranaguá. Com sorte, dá para ver os golfinhos, que são atraídos pelos cardumes de sardinhas, abundantes na região. Outra opção é cair na estrada.
A vantagem é poder se deslocar para alguns passeios sem precisar contratar os serviços de um condutor. A desvantagem é a má conservação e a extensão do trajeto: quase 80 quilômetros em estrada de terra, o que, em um dia chuvoso, pode levar mais de quatro horas.
Onde dormir e o que comer (fotos 2 e 3)
Dois hotéis e seis pousadas, todos na sede, garantem a tranquilidade da estada. Os hotéis ficam de frente para a baía e oferecem serviços como televisão e ventilador. As pousadas são mais simples, têm quartos individuais, mas não têm televisão. As diárias nos hotéis variam de R$ 30 a R$ 70. Nas pousadas o turista gastará em média R$ 40 por pessoa. Frutos do mar e peixes são a base do cardápio dos restaurantes. Três das principais casas ficam na praça central. Os pratos mais elaborados não passam de R$ 40, os mais simples custam menos de R$ 10.
Uma noite de fandango (fotos 4 a 7)
Viola, maxete, bumbo, rabeca e pandeiro marcam o ritmo de influência espanhola e portuguesa. Considerado tradicional no litoral paranaense, o fandango caiçara tem letras e melodias que falam de pescarias, paisagens e costumes da região. Em Guaraqueçaba, a tradição fica por conta da família Pereira. "Fazemos os instrumentos, tiramos a música, tocamos e dançamos", diz Nilo Pereira, 55 anos, 40 dedicados ao fandango. Na dança, os homens usam tamancos de madeira. Batidas dos pés e palmas ajudam a conduzir as canções. A família de Nilo já gravou três CDs e faz apresentações por todo o país. A boa notícia para os visitantes é que há cinco meses ele abriu um bar, onde o grupo se apresenta aos sábados. O galpão é simples, mas cabem mais de 80 pessoas. A entrada é por conta da casa. Só a bebida, a típica cachaça com erva cataia, encontrada na região, é cobrada: R$ 1 a dose. Depois do primeiro gole, ninguém mais segura. "Aí o turista não quer outra coisa", conta. O bailão ocorre todos os sábados, das 22 às 4 horas. O Bar do Nilo fica na Avenida Ararapira s/nº, na entrada da cidade.
Desbrave a Serra do Mar (foto 8)
A Reserva Natural Salto Morato é imperdível. Com 2,3 mil hectares, o local recebe por ano em média sete mil visitantes. Uma trilha leve dá acesso à cachoeira que tem 130 metros de altura. O visitante pode tomar banho ou simplesmente apreciar a queda dágua. No local há um espaço para camping. O parque funciona de terça a domingo, das 8h30 às 17h30. O ingresso custa R$ 7. A diária do camping é de R$ 10 por pessoa e o agendamento deve ser feito com antecedência. Para chegar até o local, são 20 quilômetros pela PR-405 no sentido de retorno a Antonina. O caminho pode ser feito com carros particulares, mas algumas pousadas têm pacotes que incluem o transporte. Outra opção é procurar a Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba (Cooperguará), que agenda passeios. O preço varia de R$ 30 a R$ 50 por pessoa. Informações: (41) 3482-1313 ou www.visiteguaraquecaba.com.br.
Leve para casa (foto 9)
Nenhum turista gosta de voltar de um passeio de mãos abanando e em Guaraqueçaba não pode ser diferente. Utilitários e peças de decoração feitas de palha, madeira, conchas, escamas de peixe e cerâmica são vendidos no espaço do Projeto Arte Nossa, do governo estadual. As peças são produzidas por 37 pessoas das comunidades das estradas, ilhas e sede, pertencentes à Cooperativa de Artesanato de Guaraqueçaba. O espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas; e aos sábados e domingos, das 8 às 18 horas. Fica na Rua Doutor Agrícola Fonseca, 30 (41) 3482-1589.
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